Nº 2668 - Maio de 2024
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
A Guerra de África (1961-1975). Comandantes e Chefes
Coronel
Alberto Ribeiro Soares

Introdução

No passado dia 18 de Março de 2024, nas Caves Manuelinas do Museu Militar, teve lugar o lançamento de mais dois livros da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (RHMCA), o 34.º e o 35.º editados pela CECA (Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1975), do 7.º Volume1 e do 10.º Volume2, respectivamente.

Presidiu o Chefe do Estado-Maior do Exército, General Eduardo Manuel Braga da Cruz Mendes Ferrão, que usou da palavra a encerrar a sessão, tendo as obras sido apresentadas pelo Major-General Aníbal Alves Flambó e sido feita uma exposição pormenorizada pelo autor, Coronel Alberto Ribeiro Soares.

Desses livros e com base naquelas intervenções, resultou o presente artigo, que é dado à estampa pelo carácter inovador de alguns dados nele constantes, nomeadamente de carácter estatístico.

Assim, serão tratados os seguintes pontos:

– A Guerra de África;

– Duração das campanhas nos teatros de operações de Angola, Guiné e Moçambique;

– Condicionamento das rotas aéreas utilizadas pela Força Aérea Portuguesa;

– Efectivos mobilizados na Metrópole (Continente, Açores e Madeira);

– Unidades mobilizadoras;

– Personalidades civis e militares envolvidas na direcção política e militar das campanhas;

– Oficiais generais empenhados no comando efectivo das forças em operações;

– Baixas sofridas por oficiais generais;

– Listagem completa das personalidades envolvidas na Guerra de África;

– Algumas conclusões.

 

7.º VOLUME – Fichas das Unidades, Tomo I, Angola, Livro 2

Este livro teve a dedicada colaboração do Sargento-Mor Comando Rui Domingues da Fonseca, que muito apreciei, cito e agradeço.

É mais um importante documento sobre Angola, único teatro de operações (TO) onde as Nossas Tropas (NT) conseguiram travar a subversão e inverter a sorte das armas, criando condições para uma evolução socio-económica que, a prazo, iria certamente conduzir a uma solução política da guerra.

Este Tomo I é constituído por dois livros: o Livro 1, já publicado em 2008, contém as fichas de todas as unidades de escalão agrupamento e batalhão/grupo, incluindo nestas as suas subunidades orgânicas; este Livro 2 contém as fichas de todas as subunidades independentes de escalão companhia/bateria/esquadrão.

 

10.º VOLUME – Comandantes e Chefes

Nesta obra constam as 276 personalidades que exerceram funções de chefia e comando de tropas portuguesas e, também, de direcção política do Estado em áreas ligadas à Guerra de África, assim distribuídos: 12 civis e 264 militares, sendo 204 do Exército e, dos restantes, 26 da Marinha e 34 da Força Aérea. Sendo a Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África uma obra específica do Exército, os militares da Marinha e da Força Aérea são citados por lembrança, embora também tenham sido inseridos alguns dados biográficos.

 

A Guerra de África

Chamamos “Guerra de África” por ser um termo politicamente neutro, ao contrário de outros, que logo definem o quadrante político de quem os usa, Guerra do Ultramar ou Guerra Colonial (entre os portugueses) e Guerra da Independência ou Guerra da Descolonização (pelos movimentos independentistas).

A Guerra de África não se resumiu às actividades operacionais, logísticas, de informações e outras vertentes que se desenrolaram nos três TO, antes envolveram o país no seu todo – “Portugal intercontinental, interrracial, do Minho a Timor”.

Importa, pois, fazer o enquadramento político do país: os governantes que, em 1961, decidiram responder aos sangrentos acontecimentos em Angola com uma ampla mobilização, que envolveu praticamente todos os meios militares disponíveis, humanos e materiais; e com a base territorial – o Continente ou Metrópole – suporte do apoio logístico e das operações com o pessoal (convocação, recrutamento, instrução, mobilização, transporte), bem como da recuperação sanitária e, finalmente, a desmobilização.

 

Duração das campanhas nos TO

A Guerra de África foi travada entre dois marcos históricos – 4 de Fevereiro de 1961 e 11 de Novembro de 1975 – e durou praticamente 15 anos (menos cerca de dois meses) o empenhamento do Exército Português, em três TO geograficamente separados, longe da Metrópole e distantes entre si, totalizando cerca de 178 meses e, rigorosamente, 5.393 dias de campanha.

Marcos separadores desse empenhamento foram o início da guerra em Angola (4 de Fevereiro de 1961, ataque à Casa da Reclusão e à Esquadra da Polícia Móvel, em Luanda), na Guiné (3 de Janeiro de 1963, ataque ao aquartelamento do BCaç 237, em Tite) e em Moçambique (24 de Setembro de 1964, ataque ao Posto Administrativo do Chai, em Cabo Delgado); e as independências da Guiné (10 de Setembro de 1974), de Moçambique (25 de Junho de 1975) e de Angola (11 de Novembro de 1975).

Isto é, começou e acabou em Angola, pelo que, neste TO, durou esses 5.393 dias; na Guiné, durou 4.298 dias; e, em Moçambique, 3.925 dias.

Houve dois períodos, no início e fim, em que só houve guerra em Angola (totalizando 857 dias); outros dois períodos, em que houve guerra em dois TO, Angola e Guiné (611 dias) e Moçambique e Angola (288), totalizando 899 dias; e um período mais longo, entre o início da guerra em Moçambique (25 de Setembro de 1964) e a independência da Guiné (10 de Setembro de 1974), em que lutámos nas três frentes, totalizando 3.637 dias, quase 10 anos (cronograma).

 

 

Condicionamento das rotas aéreas utilizadas pela Força Aérea Portuguesa

 

Rotas aéreas e distâncias

DE

PARA

DISTÂNCIAS (km)

OBSERVAÇÕES

Lisboa

Cabo Verde (Sal)

2 788

Rota directa

Lisboa

Bissau

Bissau

3 950

3 050

Rota marítima

Directa

Lisboa

S. Tomé

4 566

Marítima

Lisboa

Luanda

Luanda

5 775

7 500

Directa

Marítima

Lisboa

Nampula

7 821

Directa

Lisboa

Beira

7 963

Directa

Lisboa

Lourenço Marques

8 403

Directa

Cabo Verde (Sal)

Bissau

983

Directa

Cabo Verde (Sal)

S. Tomé

3 715

Marítima

Cabo Verde (Sal)

Luanda

4 750

Marítima

Cabo Verde (Sal)

Beira

7 385

Marítima + directa

Bissau

S. Tomé

2 740

Marítima

Bissau

Luanda

4 970

Marítima

Luanda

Beira

2 625

Directa

Luanda

S. Tomé

1 245

Directa

Luanda

Lourenço Marques

2 793

Directa

Beira

Lourenço Marques

717

1 296

Directa

Por estrada

 

As rotas sobre o continente africano representam voos directos de Lisboa para os territórios portugueses com as respectivas distâncias. Em circunstâncias normais seriam as rotas a utilizar, por serem as mais curtas e, por isso, mais económicas.

No entanto, a partir de 1961, as sanções impostas a Portugal pela ONU e o facto de alguns movimentos de libertação terem bases em países que nos eram hostis, fizeram com que estes não pudessem continuar a ser sobrevoados; o que obrigou a Força Aérea Portuguesa a utilizar sempre a rota atlântica de Lisboa para Cabo Verde, Bissau, S. Tomé e Luanda e a ter de fazer muitos milhares de quilómetros adicionais. A partir de Luanda, os voos para Moçambique eram directos, porque não existiam aquelas limitações.

 

Efectivos mobilizados na Metrópole (Continente, Açores e Madeira)

Julga-se que nunca terá sido feito o levantamento exacto dos efectivos empenhados nas antigas províncias ultramarinas no período em que se desenrolaram as campanhas em Angola, Guiné e Moçambique. Não apenas nestas, mas também nas restantes, pois todas elas foram reforçadas com tropas metropolitanas para obviar ao alastramento da subversão a outros territórios.

Foram as designadas tropas metropolitanas de reforço à guarnição normal, sendo estas constituídas por efectivos do recrutamento local de cada uma das províncias.

Esse levantamento até nem teria sido muito difícil, quer através da simples consulta das ordens de serviço das unidades mobilizadoras ou das listagens do pessoal embarcado, quer nos navios de transporte de tropas, quer nos aviões utilizados, nomeadamente os Boeing dos Transportes Aéreos Militares (TAM), a partir de 1972.

Não existindo esses dados exactos, são aventados valores que, em regra, pecam por excesso – atingindo quantitativos da ordem do milhão de combatentes e até superiores –, designadamente nos meios de comunicação social, muitas vezes referindo-se apenas às forças expedicionárias. Números esses que já têm sido contestados por historiadores abalizados, como René Pelissier e António Pires Nunes.

Apesar disso, com os escassos meios disponíveis, fizemos um estudo que entendemos nos dá um valor muito aproximado dos efectivos realmente empenhados, quer das tropas de reforço mobilizadas na Metróple, quer dos militares em serviço efectivo nas unidades da guarnição normal.

Assim, utilizando as publicações da CECA relativas ao dispositivo das nossas forças (II, III e IV volumes), obtivemos os quantitativos do pessoal formado nas unidades mobilizadores do Continente, Açores e Madeira para Angola, Guiné e Moçambique – Quadro I.

Relativamente aos restantes territórios (Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor), aproveitámos os dados constantes dos dois livros publicados sobre o Serviço Postal Militar. Um, pelo General Fernando Oliveira Pinto e o outro, mais completo, da autoria dos médicos Luís Barreiros e Eduardo Barreiros, gémeos nascidos em Cabinda, filhos do Tenente-Coronel Manuel Viegas Barreiros. Quanto à Índia, utilizamos o quantitativo do pessoal retido pala União Indiana aquando da invasão – Quadro II.

 

Quadro I – Quantitativo das Unidades de Reforço

(Angola, Guiné, Moçambique)

TIPO

ANG

GUI

MOÇ 

TOTAL 

EFECTIVO

TOTAL

TOTAL

MOBILIZADO

Cmd Agr

37

10

30

77

100

7 700

BCaç, Cmd+CCS

136

65

64

265

180

47 700

BArt, Cmd+CCS

37

20

26

83

180

14 940

BCav, Cmd+CCS

31

16

15

62

180

11 160

BEng

1

1

1

3

180

540

BTm

1

 

 

1

180

180

BSMat

1

1

1

3

180

540

BInt

1

1

 

2

180

360

GAC Art

3

 

 

3

100

300

SOMA

248

114

137

499

 

83 420

CCaç

539

261

265

1 065

180

191 700

CArt

175

108

110

393

180

70 740

CCav

128

74

60

262

180

47 160

CCmds

22

8

17

47

180

8 460

Btr Art

17

 

 

17

150

2 550

Btr AA

5

7

 

12

150

1 800

CPM

21

7

20

48

180

8 640

ERec

 

12

 

12

150

1 800

CEng

23

1

14

38

180

6 840

CSap

5

 

2

7

180

1 260

CConst

14

 

 

14

180

2 520

CTm

1

 

 

1

180

180

CRecpt

2

 

 

2

100

100

CTpts

21

7

9

37

180

6 660

CInt

16

3

8

27

180

4 860

CAutomacas

1

1

15

17

100

1 700

SOMA

990

489

520

1 999

 

356 970

Pel Caç

10

31

 

41

50

2 050

Pel Mort

141

63

 

204

50

10 200

Pel Canh S/R

21

17

8

46

50

2 300

Pel AA

28

11

11

50

100

5 000

Pel PM

19

7

 

26

50

1 300

Pel Rec

12

83

24

119

50

5 950

DM Mat

21

6

3

30

50

1 500

Pel A/D

88

6

46

140

50

7 000

Dest Int

41

14

26

81

50

4 050

Pel Int

68

12

39

119

50

5 950

SOMA

449

250

157

856

 

45 300

TOTAL

1 683

851

802

3 336

 

485 690

 

Quadro II – Quantitativo das Unidades de Reforço

(Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Índia, Macau, Timor)

TIPO

CVERD

STOM

INDIA

MACAU

TIMOR

TOTAL

EFECTIVO TOTAL

TOTAL MOBILIZADO

Cmd Agr Red

6

 

 

 

2

8

100

800

BCaç Red

 

 

 

 

1

1

150

150

CCaç

10

1

 

11

6

28

180

5 040

CArt

4

6

 

 

9

19

180

3 420

CCav

3

 

 

 

 

3

180

540

CPM

2

6

 

1

6

15

180

2 700

CInt

5

 

 

 

1

6

180

1 080

Pel Caç

21

5

 

 

 

26

50

1 300

Pel Mort

 

5

 

 

 

5

50

250

Pel AA

6

6

 

 

 

12

100

1 200

Pel Cav

2

1

 

 

 

3

50

150

Pel PM

10

6

 

6

1

23

50

1 150

DM Mat

6

 

 

 

2

8

50

400

Efectivo parcial

 

 

3 000

 

 

 

 

3 000

TOTAL

75

36

 

18

28

157

 

21 180

 

 

Nestes quadros inserimos uma coluna com o efectivo médio que considerámos terá sido o aproximado de cada tipo de unidade – efectivo orgânico ou inicialmente mobilizado – e um acréscimo de 10 a 15% devido a baixas e recompletamentos ocorridos durante a comissão.

É de notar que estas subunidades raramente estiveram completas, mesmo à partida e muito menos ao longo da comissão; e que, a partir de 1972, as destinadas a Angola e a Moçambique eram logo formadas com menos 40 homens e completadas à chegada ao TO com idêntico número de praças do recrutamento local.

Desta forma, com este procedimento empírico, mas baseado em dados constantes dos livros publicados pela CECA, chegamos a valores que estarão muito mais próximos da realidade, quer das tropas de reforço empenhadas nas campanhas em Angola, Guiné e Moçambique, da ordem de 700 mil com-
batentes, quer do número máximo de militares portugueses que terão prestado serviço em todos o ultramar português, da ordem de 750 mil militares, sendo cerca de 50 mil para as restantes províncias, cujas guarnições normais também foram reforçadas ao longo daqueles anos.

 

Unidades mobilizadoras

Para além da finalidade primária de calcular o efectivo do pessoal empenhado na Guerra de África (guarnição normal e de reforço), os dados inseridos nos Quadros I e II, no que concerne ao número de unidades e subunidades mobilizadas, permitem outra perspectiva, que importa valorizar.

De facto, durante os quase 15 anos da guerra, as unidades territoriais da Metrópole (Continente, Açores e Madeira) mobilizaram – para Angola, Guiné e Moçambique, Quadro I – um total de 3.336 unidades de vários escalões, sendo 77 comandos de agrupamento e 413 unidades operacionais de nível batalhão/grupo; 1.916 subunidades operacionais de nível companhia/bateria/esquadrão (caçadores, artilharia, cavalaria, comandos, engenharia, transmissões e polícia militar), além de outras 83 dos serviços (saúde, intendência, transportes e recompletamento); e 856 de nível pelotão, sendo 367 das armas combatentes e 489 dos serviços.

E para os restantes territórios (excepto Índia, que já não recebeu reforços no período em apreço) – Quadro II – seguiram mais 157 unidades de vários escalões, sendo 9 comandos de agrupamento e batalhão (reduzidos); 65 subunidades operacionais de nível companhia e 6 dos serviços; e 77 pelotões, sendo 69 das armas e 8 dos serviços. O que dá um total de 3.493 unidades de todos os escalões, sendo formadas em média 239 por ano. No que concerne à unidades de maior efectivo, refira-se que foram mobilizados, anualmente, cerca de 28 batalhões e 132 companhias operacionais.

Se bem que o empenhamento da unidade mobilizadora fosse diferente conforme se tratasse de um batalhão (650 homens) ou de um pelotão (apenas 40), as variadas operações – mobilização, treino, vacinação, licença, embarque, eventualmente outras – ocupavam grande parte do seu pessoal; sem esquecer que, durante a comissão, cada unidade continuava a ter o apoio da unidade-mãe, especialmente no respeitante aos evacuados e aos falecidos; e que, no final, havia a desmobilização, mas não o encerramento da ligação, que podia continuar durante anos, nomeadamente dos feridos e dos deficientes.

Reiterando o facto de estarem sempre muito desfalcadas de pessoal, destacámos também os quantitativos de algumas das Unidades que tiveram mais encargos de mobilização, dando como exemplo apenas uma por cada Arma/Serviço3:

– RI 2 (Abrantes), mobilizou 58 batalhões de caçadores, 168 companhias, 69 pelotões, 9 secções de cães de guerra e 1 comando de agrupamento;

– RAP 2 (Vila Nova de Gaia), 47 batalhões de artilharia, 167 companhias e 4 baterias;

– RAAF (Queluz), toda a Antiaérea (49 pelotões e 11 destacamentos de manutenção de material) e ainda 5 comandos de agrupamento e 3 companhias de artilharia;

– RC 3 (Estremoz), 38 batalhões de cavalaria, 114 companhias e 1 esquadrão;

– e ainda os Açores (BII 17 e BII 18), 3 batalhões de caçadores e 62 companhias, e o BII 19 (Madeira) 3 batalhões de caçadores e 45 companhias.

Sendo também importante citar o RE 1 (31 companhias de Engenharia), o 1.º Grupo de Companhias de Saúde (146 unidades do Serviço), o 2.º GCAM (240 unidades) e a CDMM (Entroncamento), que apoiava a 3.ª Divisão de Santa Margarida e mobilizou todas as subunidades do Serviço de Material, de que não dispomos dados fiáveis.

 

Personalidades, civis e militares, envolvidas na direcção política e militar das campanhas

No 10.º Volume “Comandantes e Chefes” constam 276 personalidades que exerceram funções de comando e chefia das forças portuguesas em campanha e, também, de direcção política do Estado em áreas ligadas à Guerra de África, assim distribuídos: 12 civis, 204 militares do Exército e ainda 26 da Marinha e 34 da Força Aérea (citados por lembrança).

Dos 12 civis, oito desempenharam funções antes do 25 de Abril: Oliveira Salazar e Marcello Caetano (presidentes do Conselho de Ministros), Silva Cunha e Adriano Moreira (ministros) e os governadores-gerais Silva Tavares e Santos e Castro (Angola), Pimentel dos Santos e Rebelo de Sousa (Moçambique); e outros quatro depois da revolução, Palma Carlos (primeiro-ministro), Almeida Santos (ministro) e os governadores-gerais de Moçambique, Soares de Melo e Ferro Ribeiro.

Oficiais do Exército desempenharam, no Continente, funções de Presidente da República, Primeiro-Ministro, ministros (Defesa Nacional, Exército e sem pasta), secretários e subsecretários de Estado, chefes do Estado-Maior-General das Forças Armadas e Chefe do Estado-Maior do Exército; e integraram a Junta de Salvação Nacional, o Conselho de Estado e o Conselho da Revolução.

No Ultramar, desempenharam todas as funções próprias do seu Ramo, nos três TO. Em Angola e em Moçambique, também Governador-Geral, Governador-Geral e Comandante-Chefe (em acumulação); e na Guiné, Governador e Comandante-Chefe (em acumulação).

Citados por lembrança, porque também desempenharam importantes funções na Guerra de África, cujos esforços nunca será demais enfatizar, os oficiais generais da Marinha e da Força Aérea têm fichas biográficas nas Sínteses constantes do livro editado pela CECA.

Oficiais da Marinha desempenharam, no Continente, funções de Presidente da República, Primeiro-Ministro, ministros do Ultramar e da Cooperação; e, em cargos próprios do Ramo, ministros da Marinha e chefes de Estado-Maior; e integraram a Junta de Salvação Nacional, o Conselho de Estado e o Conselho da Revolução.

No Ultramar, desempenharam as funções próprias do seu Ramo, nos três TO, Comandante Naval e Director dos Serviços de Marinha. E outros cargos, em Angola, depois do 25 de Abril, Presidente da Junta Governativa, Alto Comissário e Comandante-Chefe (em acumulação de funções); na Guiné, Governador e Comandante-Chefe (em acumulação de funções) ou apenas Governador; e em Moçambique, Governador Geral, Governador-Geral e Comandante-Chefe (em acumulação) e Alto Comissário.

Oficiais da Força Aérea desempenharam, no Continente, funções próprias do Ramo, secretário e subsecretário de Estado e Chefe do Estado-Maior; e integraram a Junta de Salvação Nacional, o Conselho de Estado e o Conselho da Revolução.

No Ultramar, desempenharam funções próprias do seu Ramo, nos três TO, comandantes da 2.ª Região Aérea, da 3.ª Região Aérea e da Zona Aérea de Cabo Verde-Guiné. E outros cargos, em Angola, Governador-Geral, Comandante-Chefe e Alto Comissário; na Guiné, apenas funções próprias do seu Ramo; e em Moçambique, Governador-Geral e Comandante-Chefe, em acumulação.

 

Oficiais generais empenhados no comando efectivo das forças em operações

Dos 204 militares do Exército que, de alguma forma, tiveram participação activa na Guerra de África, foram 122 os que, com as patentes de general ou brigadeiro, exerceram funções efectivas de comando ou chefia, em campanha, nos 3 TO; estão assinalados com (*) nas respectivas sínteses biográficas, com fotografia, no capítulo próprio daquele livro.

Dos restantes, oito já eram oficiais generais e apenas exerceram funções no Continente (generais Gomes de Araújo, Santos Costa, Botelho Moniz, Beleza Ferraz, Câmara Pina, Mário Silva e Sá Viana Rebelo, e brigadeiro Almeida Fernandes), bem como um coronel (Viana de Lemos) e três tenentes-coronéis (Jaime Filipe da Fonseca, Melo Antunes e Victor Alves), total 12.

Outros actuaram no terreno como oficiais superiores (coronéis Pires Neves, Esmeriz, Neves Cardoso, Ferreira de Lemos, Orlando Costa, Pinto de Amaral, Nascimento Garcia, Vasco Gonçalves, Sousa Menezes, Santos Pinto, Egreja, Melo Egídio, Marques Lopes, Alves Morgado, Videira, Duarte Silva, Lopes Alves, Pires Veloso, Soares Carneiro, Fischer Lopes Pires, Franco Charais, Firmino Miguel, Pezarat Correia, Mateus da Silva, Ramalho Eanes, Almeida Bruno, Otelo, Corvacho, Vasco Lourenço e Pinto Soares), total 30, e só mais tarde atingiram o generalato, alguns deles por graduação.

E outros houve que, com idênticos desempenhos em campanha, nunca chegaram a ser promovidos (coronéis Júlio Ferreira, Sérgio Pessoa, Roldão, Sequeira Braga, Tristão Bacelar, Sousa Jardim, Santos Gonçalves, José Castel-Branco, Mário Silva Ferreira, Marafusta Marreiros, Narchial Franco, Franco do Carmo, Freitas do Amaral, Pinto Soares, Telhada, Delfim Santos, Alcínio Ribeiro, Mário Macedo, Moreno Gonçalves, Nogueira de Freitas, Teixeira Henriques, Rodrigues da Costa, Rebocho Vaz, Guardado Moreira, Hilário Gama, Barão Pinto, Martins Faria, Gonçalves Soares, Matos Silva, José António Rodrigues, Gastão Lobato Faria, Amílcar Alves, Carneiro Magalhães, António Maria Filipe, Fernando Augusto Lopes, Garcia de Brito, Ramires Ramos e Fontão, tenente-coronel Nelson Valente e major Arantes e Oliveira), total 40.

 

Baixas sofridas por oficiais generais

Daqueles 122 oficiais generais que actuaram em campanha, no terreno, houve cinco falecidos, no TO ou evacuados na Metrópole. Foram, em Angola, o General Silva Freire (desastre do Chitado) e o Brigadeiro Pereira da Conceição (enfarte de miocárdio, no Cazombo); em Moçambique, o Brigadeiro Brito e Melo (intoxicado com gás); e na Metrópole, os brigadeiros Eugénio Nascimento (evacuado da Guiné) e Couceiro Leitão (evacuado de Moçambique). Havendo ainda o Brigadeiro PilAv José Silva Correia, 2.º Comandante da 2.ª Região Aérea, também falecido no Chitado.

Analisando as baixas globais de todos os militares do Exército empenhados nas campanhas, verifica-se que a percentagem de mortos em general é bastante superior: aqueles 5, em 122 envolvidos em operações, representam 4,09%, muito superior ao global.

Estranhamente, portanto, em percentagem, o conjunto de baixas dos generais ser a mais alta! Mais um dado porventura anormal na última guerra que os portugueses travaram em África…

 

Listagem completa das personalidades envolvidas na Guerra de África

Sínteses biográficas4

ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR (1889-1970), Civil

– Presidente do Conselho de Ministros (1932-1968)

AMÉRICO DE DEUS RODRIGUES THOMAZ (1894-1987), Almirante5

– Presidente da República (1959-1974)

CARLOS ALBERTO BARCELOS DO NASCIMENTO E SILVA (1897-1974), General*2

– Cmdt Militar e CCFA Moçambique (1959-1962)

MANUEL GOMES DE ARAÚJO (1897-1982), General 4 Estrelas

– Chefe do EMGFA (1961), Ministro da Defesa Nacional (1963-1968)

JOAQUIM DE SOUSA UVA (1897-1983), Vice-Almirante

– Chefe do EMA (1960-1963)

ANTÓNIO MIGUEL MONTEIRO LIBÓRIO (1898-1969), General*

– Cmdt Militar e da 3.ª RMA (1959-1961), CCFA Angola (interino, Ago60-Mai61)

VASCO LOPES ALVES (1898-1976), Contra-Almirante

– Ministro do Ultramar (Ago58-Abr61)

FERNANDO DE QUINTANILHA E MENDONÇA DIAS (1898-1992), Contra-Almirante

– Ministro da Marinha (1958-1968), Ministro do Ultramar (1959, interino)

FRANCISCO HOLBECHE FINO (1898-1979), General*

– Cmdt da RM Angola (1961-1964), CCFA Angola (interino, acumulação)

MANOEL MARIA SARMENTO RODRIGUES (1899-1979), Vice-Almirante

– Governador-Geral e CCFA Moçambique (1961-1964)

FERNANDO DOS SANTOS COSTA (1899-1982), General

– Ministro da Guerra (1944-50), Defesa Nacional (1950-58) e Exército (interino, acumulação, 1954-58)

JÚLIO CARLOS ALVES DIAS BOTELHO MONIZ (1900-1970), General de 4 Estrelas

– Ministro da Defesa Nacional (1958-1961)

JOSÉ FERNANDO TELES DE CASTRO MEXIA SALEMA (1901-1989), Vice-Almirante

– Cmdt Naval de Angola (1960-1963)

JOSÉ ANTÓNIO DA ROCHA BELEZA FERRAZ (1901-1972), General de 4 Estrelas

– Chefe do EMGFA (Ago58-Abr61)

JOSÉ EDUARDO REVERENDO DA CONCEIÇÃO (1901-1980), General*

– Cmdt da RMA (1962-1965)

JOÃO ALEXANDRE CAEIRO CARRASCO (1902-1975), General*

– Cmdt da RMM (Set62-Ago65)

ARMANDO JÚLIO ROBOREDO E SILVA (1903-1987), Almirante

– Chefe do EMA (1963-1969)

GASPAR MARIA CHAVES MARQUES DE SÁ CARNEIRO (1903-1987), Brigadeiro*

– 2.º Cmdt Militar da Guiné, Cmdt Militar da Guiné (1964-1965)

CARLOS VIDAL DE CAMPOS ANDRADA (1904-1993), General*

– 2.º Cmdt da 4.ª RMM (1961-1963)

LUIS MARIA DA CÂMARA PINA (1904-1980), General de 4 Estrelas

– Chefe do EME (1958-1969)

ALBERTINO CARLOS MONTENEGRO FERREIRA MARGARIDO (1904-1983), General*

– 2.º Cmdt da RMA (1963-1965)

LAURINDO HENRIQUES DOS SANTOS (1904-1974), Contra-Almirante

– Cmdt Naval de Angola (1963-1965)

ADELINO HERMITÉRIO DA PALMA CARLOS (1905-1992), Civil

– Primeiro-Ministro do I GP (16Mai74-18Jul74)

JÚLIO DE ARAÚJO FERREIRA (1905-1995), Coronel Inf

– Governador do Distrito de Cabinda e Cmdt do Sector (1962-1964)

LUÍS VALENTIM DESLANDES (1905-1968), General*

– Chefe do Estado-Maior do CCFA Angola (1961-1962)

AMADEU SOARES PEREIRA (1906-1975), General*

– Cmdt da RMA (Ago65-Dez65), CCFA Angola (1965-1967)

MÁRIO JOSÉ PEREIRA DA SILVA (1906-1992), General

– Ministro do Exército (Abr61-Dez62)

ALBERTO ANDRADE E SILVA (1906-1990), General de 4 Estrelas*

– Chefe do Estado-Maior do CCFA Angola (1963-65), Chefe do EME (1969-71), Ministro Exército (Nov73-Abr74)

MARCELLO JOSÉ DAS NEVES ALVES CAETANO (1906-1980), Civil

– Presidente do Conselho de Ministros (1968-1974)

INÁCIO XAVIER TEIXEIRA DA MOTA (1906-1982), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 25 (Moçambique, 1964-65) e Cmdt da 3.ª RMM

JOÃO EDUARDO GAMARRO CORREIA BARRENTO (1906-1988), General*

– Cmdt do CmdAgr 11 (Angola, 1963-1965)

AFONSO MAGALHÃES DE ALMEIDA FERNANDES (1906-1986), Brigadeiro

– Ministro do Exército (14Ago58-13Abr61)

ANTÓNIO AUGUSTO DOS SANTOS (1907-1996), General*

– 2.º Cmdt da RMM (1963-64), Cmdt-Chefe Adjunto das Forças Armadas de Moçambique (1966-68), CCFA Moçambique (1968-70), Chefe do EME (1971-1972)

EDUARDO DE ARANTES E OLIVEIRA (1907-1982), Major de Engenharia (Ref)

– Governador-Geral de Moçambique (1970-1972)

GUILHERME VIRGÍLIO DE ALMEIDA PIRES MONTEIRO (1907-1971), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 4 (Angola, 1961-1964) e Cmdt do CmdAgr 1990 (Moçambique, 1967-1969)

ADELINO MENDES MOURA DOS SANTOS (1907-1973), General*

– 2.º Cmdt da 3.ª RMA (1961-1963)

CARLOS MIGUEL LOPES DA SILVA FREIRE (1907-1961), General*

– Cmdt da 3.ª RMA (1961), Encarregado do Governo e CCFA (interino, cumulativamente)

AUGUSTO DE JESUS REMÍGIO (1907-1998), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 1981 (Moçambique, 1967-69)

JOSÉ FERREIRA DOS REIS (1907-1987), Brigadeiro*

– Chefe de Gabinete do CCFA Angola (1965-67)

VICTOR NOVAIS GONÇALVES (1908-1997), Brigadeiro*

– Subsecretário Estado Exército (1962), 2.º Cmdt Militar e Cmdt Militar da Guiné (1966-68)

MANUEL AVELINO BARREIRA ANTUNES (1908-1995), General*

– Cmdt da RMA (1966-1968)

FERNANDO EDUARDO PINTO DE ORNELAS E VASCONCELOS (1908-1981), Almirante

– Chefe do EMA (1970-1973)

MÁRIO DOS SANTOS PIRES NEVES (1908-1979), Coronel Tirocinado

– 2.º Cmdt da 3.ª RMA (1960-61)

EMÍLIO MENDES MOURA DOS SANTOS (1908-1984), General*

– 2.º Cmdt da RMM (1965) e Cmdt da RMM (1965-67)

JOÃO JOSÉ DOMINGUES (1908-1988), Brigadeiro*

– Cmdt de Sector (Moçambique, 1967-68) e Cmdt da 3.ª RMM (1968-69)

MANUEL FERREIRA PEIXOTO DA SILVA (1908-2000), Tenente-General*

– Cmdt do Comando Operacional 3 (CmdAgr 3, Angola, 1961-63)

ADRIANO AUGUSTO PIRES (1908-1990), General*

– Governador do Distrito e Cmdt do Sector de Cabinda (1964-66), 2.º Cmdt RMM (1968-69)

ALBERTO ARAÚJO E SILVA (1908-1991), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 8 (Angola, 1963-65)

ANTÓNIO CAMILO DE SÁ PINTO DE ABREU SOTTOMAYOR (1908-1995), General*

– Cmdt do CmdAgr 7 (Angola, 1963-64)

MANUEL PINTO MACHADO DE BARROS (1909-2005), General PilAv

– Cmdt da 3.ª Região Aérea (Moçambique, 1961-64 e 1967-69)

VENÂNCIO AUGUSTO DESLANDES (1909-1985), General da Força Aérea

– Governador-Geral e CCFA Angola (1961-62), Chefe do EMGFA (1968-72)

JOSÉ LÚCIO POSSIDÓNIO DA SILVA (1909-1980), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 19 (Angola, 1964-67)

JOSÉ SÉRGIO PESSOA (1909-1987), Coronel Art

– Cmdt do CmdAgr 9 (Angola, Abr-Jul64, interino)

TRISTÃO DA CUNHA CALDEIRA CARVALHAIS (1909-1983), General*

– Cmdt do CmdAgr 1971 (Angola, 1965-67)

ANTÓNIO MARIA MALHEIRO REYMÃO NOGUEIRA (1909-1987), General*

– 2.º Cmdt (1964) e Cmdt do CTI da Guiné (1965-66)

JOSÉ VENTURA ROLDÃO (1910-2000), Coronel Art

– Cmdt do CmdAgr 17 (Guiné, 1964-66)

JOÃO FAUSTINO DE ALBUQUERQUE DE FREITAS (1910-1976), General de 4 Estrelas

– Chefe do EMFA

ALEXANDRE NOBRE DOS SANTOS (1910-1995), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 2960 e do CmdAgr 3951 (Angola) e Cmdt da ZMC (Angola)

BERNARDO TIAGO MIRA DELGADO (1910-1993), General de 4 Estrelas

– Chefe do EMFA

ARNALDO SCHULZ (1910-1993), General*

– Cmdt do CmdAgr 9 (Angola, 1963-64), Governador e CCFA Guiné (1964-68)

ANTÓNIO SEBASTIÃO RIBEIRO DE SPÍNOLA (1910-1996), Marechal*

– Governador e CCFA Guiné (1968-73), Vice-Chefe do EMGFA (1973-74), Presidente da Junta de Salvação Nacional (1974), Presidente da República (15-05-1974 – 30-09-1974), Marechal (16-12-1981)

JOSÉ DE OLIVEIRA VITORIANO (1910-1972), General*

– 2.º Cmdt da RMA (1966-67), Secretário de Estado do Exército (1970-72)

JAIME FILIPE DA FONSECA (1910-1962), Tenente-Coronel Cav

– Subsecretário de Estado do Exército (1961-62)

EDMUNDO DA LUZ CUNHA (1910-2004), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 9 e do CmdAgr 22 (Angola), Cmdt da RMA (1968-70)

HENRIQUE COSTA DOS SANTOS PAIVA (1910-2005), Tenente-General*

– Cmdt do Comando Operacional 2 (Angola, 1961-63), Vice-Chefe do EME (1971-72)

ROGÉRIO HUMBERTO ALVES MACHADO DE SOUSA (1910-2004), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 1988, 2.º Cmdt da ZIL e Cmdt da ZML (Angola, 1968-69)

ALBERTO VILARINHO DA ROSA GAROUPA (1910-1984), General*

– Cmdt do CmdAgr 21 (Angola, 1965-66) e Cmdt da ZIC (Angola, 1966-67)

HORÁCIO JOSÉ DE SÁ VIANA REBELO (1910-1995), General

– Ministro da Defesa Nacional (1968-73), Ministro do Exército (acumulação, 1970-71)

FERNANDO VIOTTI DE CARVALHO (1910-1998), General*

– Chefe do Gabinete Militar do CCFA Angola (1963-65), Vice-Chefe do EME (1972-74)

MANUEL MARIA DELGADO E SILVA (1911-1986), General*

– Cmdt do CmdAgr 1984 (1968-69) e Comandante da ZML (Angola, 1969-71)

JOAQUIM JÚDICE LEOTE CAVACO (1911-1973), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 1974 e Cmdt da ZIL (Angola, 1966-68)

MIGUEL MARTINS SEQUEIRA BRAGA (1911-1970), Coronel Art

– Cmdt do CmdAgr 1975 (Guiné)

ALFREDO AMÉLIO PEREIRA DA CONCEIÇÃO (1911-1972), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 5 (Moçambique), 2.º Cmdt da RMA (1970-72)

PEDRO CORREIA DE BARROS (1911-1968), Capitão de Mar e Guerra

– Governador-Geral de Moçambique (1958-61)

EUGÉNIO FERREIRA DE ALMEIDA (1911-2005), Almirante

– Comandante Naval de Angola (1965-1973)

MANUEL PEREIRA CRESPO (1911-1989), Vice-Almirante

– Ministro da Marinha (1969-74)

FERNANDO LOURO DE SOUSA (1911-1989), General*

– Cmdt Militar e CCFA Guiné (1963-64)

JOÃO ANACORETA DE ALMEIDA VIANA (1911-1986), General da Força Aérea

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola), CCFA Angola (1968-70)

JAIME LOPES (1911-2000)), Vice-Almirante

– Cmdt Naval de Moçambique (1970-73)

LUÍS JOAQUIM DE SEQUEIRA MANSO COUCEIRO LEITÃO (1911-1970), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 2954 (Moçambique, 1968-69)

FRANCISCO RAFAEL ALVES (1911-1995), General*

– Cmdt do CmdAgr 2960 (Angola), 2.º Cmdt e Cmdt RMA, CCFA Angola (interino, 18Mar-04Mai74)

MANUEL SIMÃO PORTUGAL (1912-1992), General Piloto Aviador

– Cmdt da 3.ª Região Aérea (Moçambique 1964-67 e 1969-70), Cmdt 2.ª Região Aérea (Angola e S. Tomé, 1970-73)

TRISTÃO DE ARAÚJO LEITE BACELAR (1912-1968), Coronel

– Cmdt do CmdAgr 1975 (Guiné)

JOÃO TIROA (1912-1997), General*

– Governador Distrito e Cmdt do Sector Cabinda (1966-68), 2.º Cmdt e Cmdt RMM (1969-71)

ARMANDO CORREIA MERA (1912-1983), General de 4 Estrelas

– 2.º Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola), Chefe do EMFA (1973-74)

ANSELMO GUERRA CORREIA (1912-1990), General*

– 2.º Cmdt do CTI da Guiné (1964-66)

HENRIQUE MATEUS DA SILVEIRA BORGES (1912-1986), Contra-Almirante

– Cmdt Naval de Angola (1973 até 03Mai74)

JOSÉ AUGUSTO DA COSTA ALMEIDA (1912-1998), General da Força Aérea

– Governador-Geral e CCFA de Moçambique (acumulação, 1964-68)

JOAQUIM BRILHANTE PAIVA (1912-1974), General de 4 Estrelas

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola), Chefe do EMFA (1967-71)

JOÃO DE PAIVA DE FARIA LEITE BRANDÃO (1912-1997), General de 4 Estrelas*

– 2.º Cmdt da RMA, Cmdt da RMM (1967-68), Chefe do EME (1972-74)

HORÁCIO EMÍLIO DE ÁVILA PEREZ PAIS BRANDÃO (1912-1984), General*

– Cmdt do CmdAgr 2972 (Moçambique, 1970-71), Cmdt do CTC (1971-72)

ALBERTINO CARREIRA MARIANO (1912-1974), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 20 (Moçambique, 1965-67)

MANUEL DE SOUSA JARDIM (1912-2003), Coronel Art

– Cmdt do CmdAgr 1985 (Moçambique, 1967-69)

FRANCISCO ANTÓNIO DAS CHAGAS (1912-1994), General PilAv

– Subsecretário de Estado da Aeronáutica (1962-67)

JOÃO CARLOS CÂNCIO DA SILVA ESCUDEIRO (1912-1994), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 2962 e do CmdAgr 3954 (Moçambique, 1970-72)

EDUARDO JOAQUIM MAGALHÃES ALMEIDA MARTINS SOARES (1913-82), General*

– Cmdt do CmdAgr 22 e do CmdAgr 1984 (Angola, 1966-69)

TOMÁS JOSÉ BASTO MACHADO (1913-2009), Tenente-General*

– 2.º Cmdt da RMA (1967-69), CCFA Moçambique (1973-74), Cmdt RMM (acumulação), Vice-Chefe do EME (1974)

FERNANDO FERREIRA PINTO RESENDE (1913-1999), Brigadeiro PilAv

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola e S. Tomé, 1959-61)

ANTÓNIO DOS SANTOS GONÇALVES (1913- 1975), Coronel Art

– Cmdt do CmAgr 1976 e do CmdAgr 2952 (Guiné, 1967-68)

ANTÓNIO HORTA GALVÃO DE ALMEIDA BRANDÃO (1913-1989), Contra-Almirante

– Cmdt Naval da Guiné (1962-63)

VIRIATO DE FREITAS VIANA TAVARES (1913-1977), General PilAv

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola e S. Tomé, 1968-70)

LUÍS MÁRIO DO NASCIMENTO (1913-1995), General*

– Cmdt do CmdAgr 26 e do CmdAgr 1988 (Angola), Cmdt da ZIL (1967-68)

MÁRIO TELO POLLERI (1913-1977), General de 4 Estrelas

– Cmdt da 3.ª Região Aérea (Moçambique, 1970-71), Chefe do EMFA (1971-73), Secretário de Estado de Aeronáutica (1973-74)

ANTÓNIO AUGUSTO PEIXOTO CORREIA (1913-1988), Contra-Almirante

– Governador da Guiné (1958-62), Ministro do Ultramar (1962-65)

JOSÉ DA CRUZ MOURA DA FONSECA (1913-1998), Vice-Almirante

– Cmdt Naval da Guiné (1972-73), Cmdt Naval de Moçambique (1973-Jun75)

LUCIANO FERREIRA BASTOS DA COSTA E SILVA (1913-2017), Contra-Almirante

– Cmdt Naval da Guiné (1969-1971)

JOÃO SARAIVA CORTE-REAL (1913-1982), General de 4 Estrelas

– Chefe do EMFA (1964-67)

ERNESTO MACHADO SOARES DE OLIVEIRA E SOUSA (1913-2002), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 10 (Angola), Cmdt da RM Angola (1970-72)

VASCO ANTÓNIO LOPES DA EIRA (1913-1992), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 1978 (Angola) e Cmdt dos CmdAgr 2954, 2967 e 3950 (Moçambique)

JOAQUIM DA LUZ CUNHA (1914-1992), General de 4 Estrelas*

– Ministro do Exército (1963-68), Cmdt da RMA (1972), CCFA Angola (1972-74), Chefe do EMGFA (20Mar-15-Mai74)

JAIME SILVÉRIO MARQUES (1914-1986), General de 4 Estrelas*

– Cmdt da ZMC (Angola, 1967-69), Membro da Junta de Salvação Nacional (1974), Chefe do EME (Abr/Set74)

EURICO DOS PRAZERES (1914-2011), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 23 e do CmdAgr 2963 (Moçambique)

JOSÉ VASCO RODRIGUES RAMOS (1914-1975), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 2972, CmdAgr 3954 e CmdAgr 6007/73 (Moçambique)

FRANCISCO DA COSTA GOMES (1914-2001), Marechal*

– Subsecretário de Estado do Exército (1958-61), 2.º Cmdt da RMM (1966-68), Cmdt da RMM (1968), CCFA Angola (1970-72), Chefe do EMGFA (1972-Mar74), Membro da Junta de Salvação Nacional (1974-75), Chefe do EMGFA e Presidente da República (1974-76), Membro do Conselho da Revolução, Marechal (16-12-1981)

AMÉRICO AGOSTINHO DE MENDÓÇA FRAZÃO (1914-1997), General*

– Governador do Distrito e Comandante do Sector de Cabinda (1968-70)

JOSÉ DE SACADURA MOREIRA DA CÂMARA (1914-1990), General*

– Cmdt do CmdAgr 1972 (Angola, 1965-67)

EVANGELISTA DE OLIVEIRA BARRETO (1914-1995), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 1986 e do CmdAgr 2963 (Moçambique, 1967-69)

JOSÉ NOGUEIRA VALENTE PIRES (1914-2010), Tenente-General*

– Chefe de Gabinete do CCFA Moçambique (1966-67)

ABÍLIO AUGUSTO DE BRITO E MELO (1914-1974), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 1985 (Moçambique, 1968-70), 2.º Cmdt da RMM

ANTÓNIO AUGUSTO CARRINHO (1915-1995), Brigadeiro*

– Comandante do CmdAgr 2955 (Moçambique, 1968-70)

EUGÉNIO CARLOS CASTRO NASCIMENTO (1915-1970), Brigadeiro*

– 2.º Cmdt e Cmdt do CTI da Guiné, Adjunto do Exército junto do CCFA Guiné (1967-70)

KAÚLZA OLIVEIRA DE ARRIAGA (1915-2004), Tenente-General*

– Secretário de Estado de Aeronáutica (1961-62), Cmdt da RMM (1969-70), CCFA Moçambique (1970-73)

JOSÉ MOREIRA OTERO (1915-2010), Major-General*

– 2.º Cmdt da ZML (1968-69) e Cmdt do CmdAgr 2956 (Angola, 1969-70)

FREDERICO ALCIDE DE OLIVEIRA (1915-2000), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 1977 e Chefe do Gabinete Militar do CCFA Moçambique (1966-68), Chefe do Estado-Maior do CCFA Angola (1970-72)

ÁLVARO RODRIGUES DA SILVA TAVARES (1915), Civil

– Governador-Geral de Angola (1960-61)

JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO (1915-2003), Major-General Eng Aeronáutico

– Secretário de Estado de Aeronáutica (1969-1973)

DAGOBERTO DO COITO GRAÇA (1915-2001), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 3950 (Moçambique, 1971-74)

NUNO FRANCISCO ROGADO QUINTINO (1915-1984), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 2963 e do CmdAgr 2972 (Moçambique)

JOSÉ FREDERICO PORTO DE ASSA CASTEL-BRANCO (1915-2002), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 1980 (Guiné)

MÁRIO FILIPE DA SILVA FERREIRA (1915-1976), Coronel Art

– Cmdt do CmdAgr 1977 (Moçambique)

MANUEL FRANCISCO STADLIN BAPTISTA (1915-2004), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 24 (Guiné), dos CmdAgr 2968 e 3951 (Angola) e do CmdAgr 6000/72 (Moçambique)

JOSÉ JUNQUEIRA DOS REIS (1915-2005), Major-General*

– 2.º Cmdt da ZML e Cmdt do Sector Moxico (Angola)

JÚLIO AUGUSTO RAMALHO CORREIA (1915-2003), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 2950 (Angola)

JOAQUIM ANTÓNIO FRANCO PINHEIRO (1915-2001), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 2968 e 2.º Cmdt da RMA (1971-73), CCFA Angola (04Mai-30Jul74)

JOAQUIM LUCIANO MARAFUSTA MARREIROS (1915-1968), Coronel Inf

– Cmdt do 1.º Comando Operacional (Angola, 1961-63)

MANUEL RIBEIRO DE FARIA (1915-1997), General*

– Cmdt do CmdAgr 2973 (Angola, 1970-72)

FRANCISCO ANTÓNIO DAS DORES DELGADO (1916-1974), General PilAv

– Cmdt da Zona Aérea Cabo Verde-Guiné (1969-71) e da 3.ª Região Aérea (1971-72)

JOAQUIM FRADE GRAVITO (1916-1993), Brigadeiro *

– Cmdt do CmdAgr 2967 (Moçambique), 2.º Cmdt da RMM (1973-74), Cmdt Adjunto (Moçambique)

AIRES FERNANDES MARTINS (1916-1989), Brigadeiro*

– Chefe do Gabinete Militar do CCFA Angola (1967-70)

FERNANDO MARIA VIZETO GUERREIRO NARCHIAL FRANCO (1916-1981), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 1976 (Guiné, 1966-67)

JOSÉ JOÃO HENRIQUES DE AVELAR (1916-1993), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 1987 (Angola, 1967-69)

PEDRO ALEXANDRE BRUM DO CANTO E CASTRO SERRANO (1916-2002), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 2956 e do CmdAgr 2961 (Angola, 1969-71)

EURICO FERREIRA GONÇALVES (1916-2005), Major-General*

– Governador do Distrito e Cmdt do Sector Cabinda, Cmdt interino da RMM (Jun-Out74)

ORLANDO FERREIRA BARBOSA (1916-1994), General*

– Cmdt dos CmdAgr 1985 e 2962 e 2.º Cmdt da RMM (1968-70) e CCFA Moçambique (Mai-Set74)

ANTÓNIO EDUARDO DE CASTRO ASCENÇÃO (1916-2003), Major-General*

– Cmdt da RMA (Mai-Jul74)

FRANCISCO FRANCO DO CARMO (1916-2007), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 12 (Moçambique)

GASPAR PINTO DE CARVALHO FREITAS DO AMARAL (1913-1994), Coronel Art

– Cmdt do Agrupamento Operacional Oeste (CAOP 1) e Agrupamento Bissau (COMBIS, Guiné)

ALFREDO LEÃO TOMÁS CORREIA (1916-1981), General*

– Cmdt do CmdAgr 6005/72 (Angola, 1973-75)

JOSÉ AUGUSTO HENRIQUE MONTEIRO TORRES PINTO SOARES (1917-2014), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 16 (1964-66)

RUY BRAZ DE OLIVEIRA (1917-2015), Tenente-General PilAv

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola e S. Tomé, 1973-74)

JOSÉ ALBERTY CORREIA (1917-2011), Tenente-General*

– Cmdt dos CmdAgr 2965 e 3955 (Angola, 1970-72), Secretário de Estado do Exército (1972-73), 2.º Cmdt da RMA (1973-74)

JOSÉ MARIA HENRIQUES DA SILVA (1917-1991), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 2961 e do CmdAgr 3952 (Angola, 1970-72)

ABEL BARROSO HIPÓLITO (1917-2002), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 1979 (Moçambique, 1966-68), Cmdt da ZML (Angola, 1973-74)

CARLOS MARIANO ALGÉOS AYRES (1917-2002), Tenente-General*

– Adjunto no Gabinete Militar do CCFA (Angola, 1961-63), Cmdt da ZMN (Angola, 1972-74)

JOSÉ LUÍS DE MENDONÇA RAMIRES (1917-1996), Brigadeiro*

– Cmdt-Adjunto Operacional do CCFA (Guiné, 1970-71)

ARTUR HENRIQUE NUNES DA SILVA (1917-1989), General*

– Cmdt Militar do CTI Guiné (1970-72)

VASCO ANTÓNIO MARTINS RODRIGUES (1917-1998), Capitão de Mar e Guerra

– Governador da Guiné (1962-65)

FERNANDO ALBERTO DE OLIVEIRA (1917-1992), Brigadeiro Eng Aeronáutico

– Subsecretário de Estado da Aeronáutica (1967-69)

JOSÉ BAPTISTA PINHEIRO AZEVEDO (1917-1966), Almirante

– Membro da Junta de Salvação Nacional e Conselho de Estado e Chefe do EMA (1974-75), Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa do VI GP (1975-76), Membro do Conselho da Revolução

ANDRÉ DA FONSECA PINTO BESSA (1917-2004), Tenente-General*

– Chefe de Estado Maior do CCFA (Moçambique, 1967-70), 2.º Cmdt da RMA (1973)

AUGUSTO SOUTO SILVA CRUZ (1917-1995), Almirante

– Chefe do EMA (1975-78)

JOSÉ HERDADE TELHADA (1917), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 25 e do CmdAgr 1986 (Moçambique, 1965-67)

LUÍS FREDERICO PINTO TAVARES DE FIGUEIREDO (1917-2011), Major-General*

– 2.º Cmdt do CTI da Guiné (1970-72), Adjunto da RMA e Cmdt de Sector Luanda (1974)

SILVINO SILVÉRIO MARQUES (1918-2013), Tenente-General*

– Governador-Geral de Angola (1962-66 e Jun-Jul74), 2.º Cmdt da RMM (1970-73)

DELFIM AUGUSTO AFONSO DOS SANTOS (1917-1992), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 1990 (Moçambique, 1967-70)

JAIME ARTUR CHAGAS LOPES (1918-2019), Major-General*

– 2.º Cmdt da ZOT, Cmdt Territorial do Sul, Chefe Gabinete do CCFA (Moçambique, 1971-73)

JOSÉ MANUEL DE BETHENCOURT DA CONCEIÇÃO RODRIGUES (1918-2011), Tenente-General*

– Ministro do Exército (1968-70), Cmdt da ZML (Angola, 1971-73), Governador e CCFA Guiné (1973-74)

ALCÍNIO PEREIRA DA FONSECA RIBEIRO (1918-1980), Coronel Paraquedista

– Cmdt do CmdAgr Operacional Oeste (CAOP 1, Guiné, 1969-71)

JOSÉ ALBANO DE PROENÇA OLIVEIRA CID (1918-2008), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 6002/72 e Governador do Distrito de Cuando-Cubango (Angola, 1972-74)

MÁRIO MIGUEL MARTINS MACEDO (1918-2000), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 5 (Moçambique, 1964-66)

JOSÉ DUARTE KRUS ABECASIS (1919-2011), Major-General Piloto Aviador

– Cmdt da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné (1965-67)

MANUEL PIMENTEL PEREIRA DOS SANTOS (1919-2006), Civil

– Governador-Geral de Moçambique (1972-74)

ANTÓNIO FERREIRA DE CARVALHO FREIRE DAMIÃO (1919-1983), General*

– Cmdt do CmdAgr 6001/72 (Moçambique, 1972-74)

JOSÉ JOÃO NEVES CARDOSO (1919-2006), Tenente-General

– Cmdt do CmdAgr 2957 (Guiné, 1968-70)

HENRIQUE VASCO SOARES DE MELO (1919-1992), Civil

– Governador-Geral de Moçambique (Jun-Ago74)

OCTÁVIO DE CARVALHO GALVÃO DE FIGUEIREDO (1919-1996), General de 4 Estrelas*

– 2.º Cmdt do CTI da Guiné, Cmdt Militar e Cmdt Adjunto do CCFA (Guiné, 1972-74), Vice-CEME e Chefe do EME (interino, 1976)

ANTÓNIO MENDES BAPTISTA (1919-1994), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr Bissau (COMBIS, 1970-72)

MANUEL FREIRE THEMUDO BARATA (1919-2003), Tenente-General*

– Governador de Distrito e Cmdt do Sector de Cabinda (1973-74)

MANUEL CARLOS PEREIRA ALVES PASSOS DE ESMERIZ (1919-2004), Tenente-General

– Cmdt do BCaç 2911 e do Sector da Lunda (ZML, Angola, 1970-72)

LEONEL ALEXANDRE GOMES CARDOSO (1919-1993), Vice-Almirante

– Alto Comissário e Governador-Geral de Angola (1974-75)

JOSÉ MARTINIANO MORENO GONÇALVES (1919-2015), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 2952 (1968-69) e Cmdt do Agrupamento de Bissau (COMBIS, 1968-70)

ALFREDO TEIXEIRA TELO (1919-2004), Tenente-General*

– Cmdt do CAOP 2 (Guiné, 1972-74), 2.º Cmdt e Cmdt da RMA (1974-75, até 11Nov75)

ANTÓNIO ADRIANO FARIA LOPES DOS SANTOS (1919-2009), Tenente-General*

– 2.º Cmdt do CTI (Guiné, 1968-69) e Cmdt Operacional Adjunto do CCFAG (1969-70)

FERNANDO GODOFREDO DA COSTA NOGUEIRA DE FREITAS (1920-2010), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 6007/73 (Moçambique, 1973-74)

JOAQUIM DE MATOS SALVADOR PINHEIRO (1920-2001), Major-General*

– Cmdt do RIL/RI 20 (Angola, 1965-67), Cmdt do CmdAgr 3955 (Angola, 1972-74)

JOAQUIM MOREIRA DA SILVA CUNHA (1920-2014), Civil

– Subsecretário de Estado da Administração Ultramarina (1962-1965), Ministro do Ultramar (1965-73), Ministro da Defesa Nacional (1973-74)

JOAQUIM CORREIA VENTURA LOPES (1920-2006), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 6009/73 (Moçambique, 1973-74)

ANTÓNIO JOSÉ DA COSTA PINTO (1920-2013), Major-General*

– Cmdt da RMM (1974-75)

HENRIQUE ALVES CALLADO (1920-2001), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 2971 e Cmdt Territorial do Sul (Moçambique, 1970-72)

ERNESTO ANTÓNIO LUÍS FERREIRA DE MACEDO (1920-2009), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 3951, Cmdt da ZML e Governador do Distrito do Moxico, Cmdt da RMA (1974-75), Governador-Geral e Alto Comissário (interino) de Angola (03-27Ago75)

JOÃO AFONSO TEIXEIRA HENRIQUES (1920-1984), Coronel Inf

– Cmdt do Agrupamento de Bissau (COMBIS, 1972-74)

HÉLIO AUGUSTO ESTEVES FELGAS (1920-2008), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 1980 e do CmdAgr 2957 (Guiné), Cmdt do CmdAgr 6002/73 (Angola)

JOSÉ MANUEL FERREIRA DE LEMOS (1920-2001), Major-General

– Adjunto do Cmdt Militar e 2.º Cmdt do CTI (Guiné)

FERNANDO RODRIGUES DE SOUSA COSTA (1920-2000), Coronel Cav

– Cmdt do Agrupamento de Bissau (COMBIS, Guiné)

ORLANDO RODRIGUES DA COSTA (1920-2016), Major-General

– Cmdt do CmdAgr 2970 e do CAOP 2 (Guiné)

CAMILO AUGUSTO DE MIRANDA REBOCHO VAZ (1920-1998), Coronel Inf

– Governador do Distrito do Uíge (1961-66), Governador-Geral de Angola (1966-72)

ANTÓNIO MANUEL PINTO DE AMARAL (1920-2007), Major-General

– Chefe do Serviço de Justiça do QG/RMM (Moçambique)

JOSÉ GUARDADO MOREIRA (1920-2011), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 3953 (Moç), Governador do Distrito do Niassa (Moçambique, 1972-74)

HILÁRIO MARQUES DA GAMA (1921-2012), Coronel Inf Tir

– Cmdt do CmdAgr 6001/72 (Moçambique)

ALBERTO DA SILVA BANAZOL (1921-1999), Major-General*

– Cmdt Militar da Guiné (1972-74)

FRANCISCO MARIA ROCHA SIMÕES (1921-1985), Brigadeiro*

– Cmdt da ZOT e Governador do Distrito de Tete (Moçambique, 1971-72), 2.º Cmdt da RMM

HENRIQUE ANTÓNIO DO NASCIMENTO GARCIA (1921-2018), Major-General

– Presidente da Comissão para o Estudo das Campanhas de África (CECA)

CARLOS MANUEL BARÃO PINTO (1921-1985), Coronel Inf

– Cmdt do BCaç 4912/73, Cmdt do CmdAgr 6008/73 (Angola, 1973-75)

MARCIAL ESTRELA RODRIGUES (1921-1994), Brigadeiro PilAv

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola e S. Tomé, 1974)

BALTASAR LEITE REBELO DE SOUSA (1921-2002), Civil

– Governador-Geral de Moçambique (1968-70), Ministro do Ultramar (1973-25Abr74)

VASCO DOS SANTOS GONÇALVES (1921-2005), Tenente-General

– Membro do Conselho de Estado (1974), Primeiro-Ministro (do II ao V GP, 1974-75), Membro do Conselho da Revolução

ANTÓNIO DE ALMEIDA NAVE (1921-1978), Brigadeiro*

– Cmdt do CmdAgr 6004/72 e Governador do Distrito do Bié, Cmdt do Sector de Luanda

VITOR MANUEL DE SOUSA MARTINS FARIA (1921-2018), Coronel Inf

– Cmdt do BCaç 5012/72, Cmdt do CmdAgr 6002/72 (Angola)

MANUEL AMORIM DE SOUSA MENEZES (1921-2012), Tenente-General

– Chefe do Estado-Maior do CCFA Moçambique

JOÃO ANTÓNIO PINHEIRO (1921-2009), Tenente-General*

– Subsecretário de Estado do Exército (1962-70), Governador do Distrito e Cmdt Sector Cabinda (1971-73)

CARLOS GALVÃO DE MELO (1921-2008), General de 4 Estrelas

– Membro da Junta de Salvação Nacional e do Conselho de Estado (Abr-Set74)

ANTÓNIO DE ALMEIDA GONÇALVES SOARES (1921-2014), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 6006/72 (Moçambique)

FERNANDO JOSÉ HENRIQUES REBELO DE ANDRADE (1921-2019), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 3952 e do CmdAgr 6005/72 (Angola)

LUÍS DOS SANTOS PINTO (1921-1988), Brigadeiro

– Adjunto no QG/CTI até à independência (Guiné)

JOÃO IMAGINÁRIO NUNES EGREJA (1921-2006), Tenente-General

– Adjunto do CCFAA até à independência (Angola)

MANUEL DA CONCEIÇÃO MATOS SILVA (1921-2008), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 6008/73 (Angola, 1974-75)

HERMÍNIO DUARTE FERREIRA (1921-2013), Major-General*

– Cmdt do Sector do Moxico e da ZML (interino), Adjunto do Cmdt da RMA

MANUEL LEITÃO PEREIRA MARQUES (1922-1987), Brigadeiro*

– Cmdt Adjunto Operacional do CCFAG (Guiné, 1973-74)

NUNO VIRIATO TAVARES DE MELO EGÍDIO (1922-2011), GENERAL

– Cmdt do CmAgr 6003/72 (integrado na ZOT, Moçambique), Cmdt Territorial do Sul, Cmdt Operacional de Lourenço Marques, Cmdt do AMI (Set-Nov75), Chefe do EMGFA (1981-84)

JOSÉ ANTÓNIO RODRIGUES (1922-1997), Coronel Inf

– Cmdt do Agr 3957 (Angola)

JOÃO DOS SANTOS CORREIA (1922-2003), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 3950 e do CmdAgr 3954 (Moçambique), Chefe de Gabinete do CCFAM (acumulação com Chefe de Estado-Maior do QG/RMM)

ANTÓNIO DA ANUNCIAÇÃO MARQUES LOPES (1922-2022), Major-General

– Cmdt-Geral da PSP (Angola, 1971-73), Cmdt do CAOP 2 e do COMBIS (Guiné)

GASTÃO MARIA DE LEMOS LOBATO FARIA (1922-2002), Coronel Art

– Cmdt do Agr 2959 (Moçambique)

HENRIQUE DE OLIVEIRA RODRIGUES (1922-2012), GENERAL*

– Adjunto do Cmdt da ZML e Cmdt de Sector Moxico (Angola), Cmdt de Sector Bié e Governador do Distrito (Angola), Chefe do Estado-Maior do CCFA Angola (1972-74)

ALTINO AMADEU PINTO DE MAGALHÃES (1922-2019), GENERAL*

– Cmdt da RMA (1974-75), Vice-Chefe do EME (1976-79), Vice-Chefe do EMGFA (1979-81)

CARLOS JOSÉ MACHADO ALVES MORGADO (1922-2013), Tenente-General

– Cmdt Operacional das Forças de Intervenção, COFI (Moçambique, 1972-74)

FERNANDO AUGUSTO SANTOS E CASTRO (1922-1983), Civil

– Governador-Geral de Angola (1972-74)

ADRIANO JOSÉ ALVES MOREIRA (1922-2022), Civil

– Ministro do Ultramar (13Abr1961-04Dez1962)

ARMINDO MARTINS VIDEIRA (1922-1992), Brigadeiro

– Cmdt de CmdAgr 13 (Angola, 1964-66), Cmdt do COFI (Moçambique, 1970-72), Cmdt da ZOT e Governador do Distrito de Tete (1972-73)

AMÍLCAR JOSÉ ALVES (1922-2014), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 3953 (Moçambique, 1971-73)

FERNANDO CARNEIRO DE MAGALHÃES (1923-1996), Coronel Inf

– Cmdt do Agr 6002/74 (Angola, 1974-75)

ANTÓNIO MARIA FILIPE (1923-2001), Coronel Inf

– Cmdt do Agr 6004/72 (Angola, 1973-74)

FERNANDO AUGUSTO LOPES (1923-2005), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 6000/72 (Moçambique)

ARMANDO RODRIGUES GARCIA DE BRITO (1923-2013), Coronel Inf

– Cmdt do BCaç 17 e Cmdt do CmdAgr 3953 (Moçambique)

JOÃO FERNADO MALHO ILHARCO (1923-2021), Tenente-General*

– Cmdt do CmdAgr 6000/73 (Moçambique)

SILVANO RIBEIRO (1923-2004), Vice-Almirante graduado

– Membro da Junta de Salvação Nacional (interino), Ministro da Defesa Nacional (Fev-Nov75)

MANUEL DIOGO NETO (1924-1995), General de 4 Estrelas

– Cmdt da 3.ª Região Aérea (Moçambique), Membro da Junta de Salvação Nacional e do Conselho de Estado, Chefe do EMFA

GUALDINO MARIA MOURA PINTO (1924-1978), Coronel Piloto-Aviador

– Cmdt da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné

JOÃO PIZARRO RANGEL DE LIMA (1924-2009), General Piloto Aviador

– Cmdt da 3.ª Região Aérea (Moçambique)

CARLOS HENRIQUE PEREIRA VIANA DIAS DE LEMOS (1924-2011), Coronel do CEM

– Subsecretário de Estado do Exército (1973-74)

JOAQUIM MIGUEL DE MATOS FERNANDES DUARTE SILVA (1924-2007), Tenente-General

– Cmdt do Comando Operacional de Defesa de Cabora Bassa (1973-75), Cmdt da ZOT, sobreposição com a Frelimo (1975)

JOSÉ LOPES ALVES (1924-2018), Tenente-General

– Cmdt do Sector e Governador do Distrito de Cabinda (Out-Dez74)

FRANCISCO ABREU RISCADO (1924-2007), Major-General*

– Cmdt do CmdAgr 6006/72 (Moçambique) e Cmdt do CmdAgr 6002/74 (Angola)

JOSÉ FERREIRA VALENTE (1925-2020), Tenente-General PilAv

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola e S. Tomé, 1975)

ANTÓNIO ALVA ROSA COUTINHO (1926-2010), Almirante

– Membro da Junta de Salvação Nacional e do Conselho de Estado, Presidente da Junta Governativa de Angola (24-07-1974), Alto Comissário em Angola (Out74-Jan75)

ANTÓNIO DE ALMEIDA SANTOS (1926-2016), Civil

– Ministro da Coordenação Interterritorial (1974-75), da Comunicação Social (1975-76), da Justiça (1976-78), Adjunto do Primeiro-Ministro

ANTÓNIO ELÍSIO CAPELO PIRES VELOSO (1926-2014), Major-General

– Governador e Alto-Comissário de S. Tomé e Príncipe, Membro do Conselho da Revolução

JOSÉ DE VILHENA RAMIRES RAMOS (1927-1992), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 6002/74 (Angola)

ANTÓNIO DA SILVA OSÓRIO SOARES CARNEIRO (1928-2014), General

– Governador do Distrito da Lunda (1969-72), Secretário-Geral de Angola (1972-74), Encarregado do Governo de Angola

ANTÓNIO DA SILVA CARDOSO (1928-2014), Tenente-General

– Cmdt da 2.ª Região Aérea (Angola), Alto Comissário e Governador interino de Angola (28Jan-02Ago75)

JORGE AUGUSTO DA CUNHA FERRO RIBEIRO (1928-1992), Civil

– Governador-Geral de Moçambique (Ago-Set74)

JOSÉ LEMOS FERREIRA (1929-2020), General

– Cmdt da Zona Aérea de Cabo Verde-Guiné, Chefe do EMFA (1977-84), Chefe de EMGFA (1984-89)

NUNO MANUEL GUIMARÃES FISCHER LOPES PIRES (1930-2013), General graduado

– Membro da Junta de Salvação Nacional e do Conselho de Estado (1974-75), Membro do Conselho da Revolução

RAFAEL FERREIRA DURÃO (1930-2008), Major-General

– Cmdt da CAOP, CAOP 1 e CAOP 3 (Guiné, 1971-73), Membro do Conselho de Estado (15Mai74-30Set74)

NELSON GUEDES VALENTE (1930-1975), Tenente-Coronel Cav

– Cmdt do CmdAgr 6002/72 (Moçambique)

JOÃO JOSÉ CURADO LEITÃO (1930-2004), Coronel Paraquedista

– Cmdt do Agrupamento Operacional Oeste (CAOP 1, Moçambique), Cmdt Agrupamento Operacional Leste (CAOP 2, Moçambique)

CARLOS ALBERTO IDÃES SOARES FABIÃO (1930-2006), General de 4 Estrelas graduado*

– Governador e Comandante-Chefe da Guiné (Mai-Out74), Membro da Junta de Salvação Nacional e do Conselho de Estado, Chefe do EME (16-10-1974 – 26-11-1975), Membro do Conselho da Revolução

MANUEL RIBEIRO FRANCO CHARAIS (1931), Tenente-General

– Membro do Conselho de Estado, Cmdt da RMC, Membro do Conselho da Revolução

MÁRIO FIRMINO MIGUEL (1932-1991), General de 4 Estrelas

– Ministro da Defesa Nacional (I e II Governo Provisório), Ministro da Defesa Nacional (I, II e III Governo Constitucional), Chefe do EME (1987-91)

VICTOR MANUEL TRIGUEIROS CRESPO (1932-2014), Contra-Almirante

– Membro do Conselho de Estado, Alto-Comissário e CCFAM (Moçambique, 10Set74-25Jun75), Membro do Conselho da Revolução, Ministro da Cooperação do VI GP (19Set75-22Jul76)

JOSÉ CARDOSO FONTÃO (1932-2008), Coronel Inf

– Cmdt do CmdAgr 6001/74 (Angola, 1974-75)

VASCO FERNANDO LEOTE DE ALMEIDA E COSTA (1932-2010), Contra-Almirante

– Ministro da Administração Interna do VI GP (19Set75-22Jul76), Primeiro-Ministro do VI GP (interino, 23Jun76-22Jul76), Membro do Conselho da Revolução

PEDRO JÚLIO DE PEZARAT CORREIA (1932), Major-General

– Cmdt da RMS, Membro do Conselho da Revolução

HEITOR HAMILTON ALMENDRA (1932), General graduado

– Cmdt do Sector Luanda (COPLAD), Cmdt-Chefe Adjunto (do Alto-Comissário) e Cmdt-Chefe (Angola)

ERNESTO AUGUSTO DE MELO ANTUNES (1933-1999), Tenente-Coronel Art

– Ministro sem pasta (II GP, Jul-Set74), Ministro sem pasta (III GP, Set74-Mar75), Ministro dos Negócios Estrangeiros (IV GP, Mar-Ago75), Ministro dos Negócios Estrangeiros (VI GP, Set75-Jul76)

ANTÓNIO EDUARDO DOMINGOS MATEUS DA SILVA (1933-2021), Tenente-General

– Encarregado do Governo e, depois, Governador da Guiné (interino)

ANTÓNIO DOS SANTOS RAMALHO EANES (1935-), General

– Chefe do EME (Nov75-Jul76), Membro do Conselho da Revolução, Presidente da República (1976-1986) e Chefe do EMGFA (acumulação até 17-02-1981)

JOÃO DE ALMEIDA BRUNO (1935-2022), GENERAL

– Membro do Conselho de Estado (Jun-Out74)

NARCISO MENDES DIAS (1935-), General (Força Aérea)

– Membro da Junta de Salvação Nacional e do Conselho de Estado, Chefe do EMFA (1974-75 e 1991-94)

ANÍBAL JOSÉ COENTRO DE PINHO FREIRE (1935-1999), General PilAv graduado

– Membro da Junta de Salvação Nacional e do Conselho de Estado, Membro do Conselho da Revolução

VICTOR MANUEL RODRIGUES ALVES (1935-2010), Coronel

– Ministro sem Pasta (III GP, com gestão da Defesa Nacional e Comunicação Social)

OTELO NUNO ROMÃO SARAIVA DE CARVALHO (1936-2021), General graduado

– Cmdt da RML (1974-75), Cmdt Adjunto do COPCON, Membro do Conselho da Revolução, Cmdt do COPCON (Mai-Nov75)

EURICO DE DEUS CORVACHO (1937-2011), Brigadeiro graduado

– Cmdt da RMN (Abr-Set75), Membro do Conselho da Revolução

JOSÉ ALBERTO MORAIS DA SILVA (1941-2014), General de 4 Estrelas (Força Aérea, graduado)

– Chefe do EMFA (1975-77)

VASCO CORREIA LOURENÇO (1942-), General graduado

– Membro do Conselho de Estado (1974-75), Membro do Conselho da Revolução, Cmdt da RML (1975-76), Governador Militar de Lisboa (1976-78)

DUARTE NUNO DE ATAÍDE SARAIVA MARQUES PINTO SOARES (1943),
General graduado

– Membro do Conselho de Estado (1974-75), Membro do Conselho da Revolução, Cmdt da Academia Militar (02-06-1975 a 03-12-1975)

 

Abreviaturas, acrónimos e siglas

AMI - Agrupamento Militar de Intervenção

CAOP - Comando de Agrupamento Operacional

CmdAgr - Comando de Agrupamento

Cmdt - Comandante

COFI - Comando Operacional das Forças de Intervenção

CCFA - Comando-Chefe das Forças Armadas

CCFAA - Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola

CCFAG - Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné

CCFAM - Comando-Chefe das Forças Armadas de Moçambique

COPCON - Comando Operacional do Continente

CTC - Comando Territorial do Centro

CTI - Comando Territorial Independente

CTIG - Comando Territorial Independente da Guiné

EMA - Estado-Maior da Armada

EME - Estado-Maior do Exército

EMFA - Estado-Maior da Força Aérea

EMGFA - Estado-Maior-General das Forças Armadas

Eng - Engenheiro

GP - Governo Provisório

MDN - Ministério da Defesa Nacional

PilAv - Piloto Aviador

RIL - Regimento de Infantaria de Luanda

RM - Região Militar

RMA - Região Militar de Angola

RMC - Região Militar do Centro

RML - Região Militar de Lisboa

RMM - Região Militar de Moçambique

RMN - Região Militar do Norte

RMS - Região Militar do Sul

ZIC - Zona de Intervenção Centro

ZIL - Zona de Intervenção Leste

ZMC - Zona Militar Centro

ZML - Zona Militar Leste

ZMN - Zona Militar Norte

ZMS - Zona Militar Sul

ZOT - Zona Operacional de Tete

 

Algumas conclusões

Este Volume da CECA, tendo como tema central as personalidades que, nos gabinetes e no terreno, conduziram a “Guerra de África”, tenta também mostrar a grandeza do que foi a epopeia do final do Império, construído antes de todos os outros e o último a tombar, o que mais tempo resistiu aos ventos da história.

Procurámos, com números, mostrar a dimensão do esforço, as distâncias a que foi necessário colocar as forças, mas também as logísticas que as sustentaram ao longo de quase 15 longos anos; tudo feito com meios próprios, com dificuldades acrescidas, quer pela aquisição dos meios de transporte necessários, quer pela proibição internacional de utilizar as rotas mais directas para chegar aos seus destinos.

Rectificámos alguns dados estatísticos, ao longo dos anos repetidos como verdades absolutas, como sejam os efectivos mobilizados no Continente, Açores e Madeira em reforço das tropas da guarnição normal, não apenas de Angola, Guiné e Moçambique onde se desenrolaram as campanhas, mas também para reforço de outros territórios também distantes como Cabo Verde e São Tomé, ou longínquos como Índia (o primeiro a soçobrar), Timor e Macau, o último onde deixou de tremular a bandeira das quinas.

Sintetizámos os tipos de unidades empenhadas e os efectivos de cada uma, o que nos permitiu confirmar, por outra via, os exagerados números dos efectivos normalmente dados como atingidos.

Destacámos o esforço das unidades mobilizadoras, normalmente muito desfalcadas em pessoal, não só na mobilização das tropas, mas também durante toda a comissão e, mesmo depois, até à desmobilização do último combatente devolvido à sociedade.

E, em termos de baixas, chegamos à estranha conclusão de que terá sido, entre os oficiais generais que, percentualmente, as forças empenhadas terão sofrido maior número de mortos.

Tal como foi gigantesco o esforço inicial em Angola, de contenção do terrorismo – com a mobilização, transporte e colocação no terreno de 30.000 homens em pouco mais de três meses – também foi épico, mas muito doloroso, todo o processo de retracção do dispositivo, em ambiente de grande desolação porque acompanhado de um processo de descolonização imprevisto, inusitado e sem hipótese de qualquer tipo de preparação.

Foi o abandono de pessoas de todas as raças e credos que, sucessivamente, ao longo de muitas décadas, se tinham habituado a conviver, construindo um mundo novo, obrigadas a regressar a um ponto de que, muitos, nem sequer tinham partido, mas deixando atrás de si o caos para os que tiveram de ficar, impotentes para evitarem a destruição do esforço colectivo de tantos e durante tanto tempo.

Com a generosidade característica do nosso soldado, a capacidade dos sargentos e oficiais e a esclarecida orientação das chefias, apoiada na entrega total de todo o contingente, pôde o Exército cumprir com dignidade e êxito uma missão que, à partida, parecia fora do alcance de um país com apenas 10 milhões de habitantes e três frentes de combate separadas por milhares de quilómetros umas das outras e da sua base de apoio, a então designada Metrópole.

Nunca será demais enfatizar que, no topo da pirâmide, os responsáveis políticos e, principalmente, os comandantes e chefes militares, foram especialmente responsabilizados, porque chamados a tomar decisões em situações de extrema dificuldade e com consequências por vezes traumáticas para quem esteve nas posições hierarquicamente relevantes para terem de as assumir.

Daí o nosso profundo respeito e homenagem por todos quantos, militares e civis, exerceram funções de direcção, comando e chefia na conduta da guerra e, com a sua acção, conseguiram garantir a manutenção do compromisso de Portugal na defesa do Ultramar, na perspectiva histórica do seu passado heroico e glorioso.

A Nação portuguesa combateu vitoriosamente em três distintos teatros de operações, a milhares de quilómetros da sua base logística principal, que era a Metrópole, apenas com as suas forças, sem alianças militares, sem generais ou almirantes importados, o que já não acontecia desde as campanhas napoleónicas. E isto sem alteração de ordem pública, disrupção das actividades económicas ou sociais, ao passo que se obtinha um crescimento económico na Metrópole como em nenhuma outra época e se fez mais no Ultramar do que nos quatro séculos anteriores.

Tendo perdido 94% do seu território pluricontinental e 60% da sua população multirracial, Portugal soube reerguer-se e manter a sua soberania, embora em moldes de integração bem diferentes da sua orgulhosa e multissecular independência.

 

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1 Fichas das Unidades, Tomo I, Angola, Livro 2.

2 Comandantes e Chefes.

3 Dados do Almanaque do Exército, de 01.01.1998, organizado na Biblioteca do Exército.

4 Por ordem cronológica de nascimento.

5 O posto militar indicado é o mais alto atingido na carreira.

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by CMG Armando Dias Correia