Nº 2559 - Abril de 2015

2559 - Abril de 2015
Prémio “Almirante Sarmento Rodrigues” 2015

Revista Militar

Está aberto concurso na Academia de Marinha, até ao dia 30 de Setembro de 2015, para atribuição do prémio “Almirante Sarmento Rodrigues” (...)

Editorial
General
José Luiz Pinto Ramalho

A situação internacional e os diversos desafios à estabilidade e à paz, materializados pelos conflitos tanto no Médio Oriente, designadamente no Iraque, na Síria, na Líbia, em função das actividades do ISIS, como no Iémen, no Golfo da Guiné, na Nigéria e na Somália, e a continuada situação de tensão na Ucrânia, com os seus reflexos nas relações da Europa e dos EUA com a Rússia, levantam naturais preocupações quanto à forma de materializar uma “ordem internacional” mais previsível (...)

Que Europa para a Alemanha? (Apontamentos de geopolítica)
General
José Alberto Loureiro dos Santos

O texto pretende aflorar o papel da Alemanha na Europa, depois da reunificação, em 1990, considerando as pulsões geopolíticas deste país e a importância do fator económico do seu potencial estratégico.

Procura, também, abordar o enquadramento da Europa (através da União Europeia e da Zona Euro), e também de Portugal, no pós-crise financeira de 2008, agindo em função dos objetivos e interesses da liderança alemã.

A nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA 2015
Major-general
João Jorge Botelho Vieira Borges

No passado dia 6 de Fevereiro de 2015, foi publicada a nova Estratégia de Segurança Nacional (National Security Strategy 2015 – NSS 2015) dos Estados Unidos da América (EUA), a segunda da era Obama, desde a sua tomada de posse como Presidente, a 20 de Janeiro de 2009.

O documento continua a ser estruturante para a estratégia nacional de segurança dos EUA e apresenta uma clara linha de continuidade política, ideológica e inclusivamente de forma e metodologia com a NSS de 2010, mas, em vez do enunciado das ameaças constantes na NSS de 2010, a nova Estratégia de Segurança Nacional identifica claramente os “riscos estratégicos aos interesses nacionais”.

Longe de se apresentar como perfeita, representa, no entanto, uma visão e oferece alguns caminhos que visam garantir a American Way of Life, salvaguardando valores preciosos como os da liberdade e da democracia.

Colonialismo e Imperialismo
Tenente-general PilAv
Eduardo Eugénio Silvestre dos Santos

Fazendo uma retrospetiva sobre o colonialismo e o imperialismo, que dominaram o mundo, durante séculos, desde as “colónias” da Antiguidade, em especial as conquistas científicas e tecnológicas dos europeus, no séc. XV, o advento da Revolução Industrial e suas consequências, e o princípio da autodeterminação dos povos, a seguir ao fim da II Guerra Mundial, o autor conclui que o “colonialismo clássico” se extinguiu mas novas formas ocuparam o seu lugar.

A globalização da economia e da tecnologia da comunicação alargou o fosso entre países ricos e países pobres, deixando as nações presas na rede da dependência económica e financeira que dificulta o seu desenvolvimento.

Para um estudo da cultura e do nacionalismo em Portugal – a 1.ª República e o Estado Novo
Coronel
Luís Alves de Fraga

O presente texto foi escrito em Julho de 1999. Está, por conseguinte, datado e marcado pela influência dos acontecimentos que se viviam nessa época. Talvez por o ter achado ousado nesses tempos já recuados, ficou inédito. Serviu, quando sobre a temática havia que se fazer uma reflexão profunda, para dar continuidade e adquirir tranquilidade sobre a melhor forma de leccionar conceitos fundamentais a futuros oficiais da Força Aérea.

Nasceu dessa reflexão um estudo sobre o nacionalismo português, amarrando-o a dois esteios julgados fundamentais: a História e a Cultura do Povo, assumindo este termo a latitude que pode ir do homem iletrado ao cidadão mais erudito porque, julga-se, o nacionalismo nasce numa sociedade quando o grupo toma consciência de si mesmo, através de uma lembrança do passado, e adquire uma forma própria de estar no espaço que ocupa. E essa consciência pode ser despertada por força de uma identificação com a terra – espaço – ou por força do uso que determinadas elites fazem do grupo para se justificarem nas suas acções.

passeando ao longo do tempo, dentro do mesmo espaço, é possível adquirir consciência das mutações culturais e das variações de uso que o Poder leva a efeito no interior do grupo. Vai ser esse percurso, desde os alvores de Portugal até à adesão à Comunidade Europeia, que se leva a cabo no texto para justificar a utilização de conceitos essenciais – pátria e nacionalismo – para a estruturação da postura dos militares e, em especial, dos seus quadros dirigentes.

Naturalmente, ter-se-á de fazê-lo em alta velocidade e saltando pormenores que não foram determinantes para se chegar ao fim da jornada. Todavia, admite-se, podem extrair-se conclusões, mesmo que sob a forma de grandes incógnitas, que ainda hoje – e, mais do que nunca, hoje – continuam válidas.

A ameaça dos MiG na guerra da Guiné

José Matos

Ao longo da guerra colonial na Guiné, os relatos de actividade aérea suspeita foram sempre uma constante, o que levou o Exército português a enviar alguns meios de defesa aérea para prevenir qualquer ataque vindo dos países vizinhos. A Força Aérea deslocou também um pequeno destacamento de caças F-86 que, durante três anos (1961-1964), patrulhou os céus da Guiné. Após a retirada dos F-86, a pequena colónia africana ficou mais sujeita a incursões aéreas inimigas, que ocorreram muito raramente ao longo da fronteira com a Guiné-Conakry. Os MiG da Força Aérea Guineana (FAG) nunca chegaram a intervir no conflito, no entanto, aventuraram-se, algumas vezes, para lá da fronteira. Sem caças e com um sistema de defesa aérea obsoleto, os portugueses viram-se obrigados, na fase final da guerra, a comprar mísseis terra-ar franceses – Crotale – e Redeye – americanos – para defender a Guiné, além de tentar adquirir caças franceses Mirage, usando para isso um empréstimo de 150 milhões rands concedido pelo regime sul-africano em 1974. Apesar dos receios portugueses, os MiG da FAG nunca tiveram qualquer papel relevante na guerra da Guiné.

Crónicas Militares Nacionais
Coronel
Nuno Miguel Pascoal Dias Pereira da Silva
  • O Chefe do Estado-Maior da Defesa Espanhol visita as Forças Armadas Portuguesas;
  • Força Militar Portuguesa em missão da OTAN na Lituânia;
  • O Presidente da República visitou a Base Aérea N.º 6;
  • Fragata Bartolomeu Dias em visita a Angola;
  • Novo EMFAR aprovado em Conselho de Ministros;
  • Exército realiza trabalhos de prevenção aos fogos em Castelo de Vide.
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