Nº 2569/2570 - Fevereiro/Março de 2016

2569/2570 - Fevereiro/Março de 2016
EDITORIAL
General
José Luiz Pinto Ramalho

É uma realidade que hoje se vive na Europa uma preocupação securitária, decorrente de fenómenos bem definidos e bem distintos como sejam, por exemplo, o terrorismo e o fluxo massivo de migrantes que, por falta de respostas políticas e instrumentais se vão acumulando, quer junto às fronteiras nos países de trânsito quer nos de entrada, designadamente, na Grécia e na Turquia; se a primeira situação tem constituído uma preocupação com carácter permanente, a segunda tem-se avolumado face às hesitações quanto à efectiva resposta a dar, fruto das divergências dos diversos países europeus, quanto a uma solução para esta problemática. [...]

Nota da Direção

Revista Militar

Em 10 de dezembro de 2015, durante a Assembleia-Geral, foi feita a apresentação da «Revista Militar digitalizada», ato que contou com a presença do Chefe do Estado-Maior do Exército, General Carlos António Corbal Hernandez Jerónimo.

Acesso: Aqui

Os Desafios da Transformação. A OTAN e o Novo Arco de Crises.
Major-general
Carlos Manuel Martins Branco

O artigo procura perceber se os instrumentos que a OTAN tem à sua disposição são os adequados para fazer face aos novos desafios identificados na Cimeira de Gales e que emergem do novo arco de crises que se tem vindo a desenvolver ao redor das fronteiras leste e sul da Aliança.

A OTAN dispõe de competências ímpares no âmbito da reforma do setor da defesa – já demonstradas em anteriores iniciativas –, podendo constituir um instrumento que, com as necessárias adaptações, tem um enorme potencial para serem empregues na lógica do novo arco de crises.

Combate aos jihadistas radicais: Quando um mau diagnóstico provoca soluções incompletas
Brigadeiro-general
Nuno Correia Barrento de Lemos Pires

O autor procura identificar, através de uma análise cronológica, as grandes linhas de radicalização que conduziram ao ambiente de medo e terror que afetam algumas zonas do mundo e que conhecemos, hoje, como jihadismo.

Assinala os caminhos para as soluções a adotar, dando especial atenção à dimensão do fenómeno religioso no mundo, às estratégias de atuação entre de aliados regionais e locais – através da complementaridade e coordenação entre segurança e defesa, e entre políticas sociais e desenvolvimento económico.

Soft Power ou Poder Suave – como pode ser usado em Moçambique
Coronel
Rodrigues Lapucheque

O artigo “Soft Power ou Poder Suave – como pode ser usado em Moçambique” na defesa dos interesses vitais do estado, analisa a forma como este poder surge e se difunde, sua aceitação e aplicação no plano internacional, não só entre os governantes e políticos, como também por académicos e instituições da mais variada natureza.

Refere-se da importância e necessidade do seu uso, na atualidade e no futuro, na resolução de conflitos entre estados nas Relações Internacionais, com o fim último de substituir o uso do poder duro ou uso da força (militar) para defender determinados interesses, em regra, vitais dos estados, de per si responsável pela deterioração das relações entre estes, a nível regional e internacional, pelo surgimento de conflitos retaliatórios e ódios sem precedentes entre estados, estendendo-se até aos povos. Reporta as fontes do poder suave, sua aplicabilidade e importância nas sociedades modernas. Avalia o estádio em que Moçambique se encontra em relação à forma e ao aproveitamento do uso racional deste poder suave, recomendando a criação de condições para o seu uso inteligente, equilibrando entre o uso do poder duro (quando extremamente necessário) e o poder suave. Para este fim, recomenda-se ao Governo moçambicano que reequipe as suas Forças de Defesa e Segurança.

As Linhas de Torres, a construção europeia e a problemática dos refugiados
Tenente-coronel
Abílio Pires Lousada

Sendo Portugal um país periférico na Europa, qual o seu papel e o do seu povo no atual contexto em que os grandes problemas são comuns e para os quais se impõem grandes e sustentáveis soluções?

O artigo desenvolve a comunicação do autor proferida no âmbito do I Dia Nacional das Linhas de Torres Vedras, numa abordagem tripartida e feita numa base de complementaridade, assente num fio condutor analítico de e para as Linhas de Torres, passando pelos modelos de construção europeia e a atual problemática dos refugiados do Mediterrâneo.

Figuras da História: Joaquim José de Andrada Pinto (1812-1894), Vice-Almirante da Armada portuguesa
Mestre
Luís Miguel Pulido Garcia Cardoso de Menezes

O artigo traça o perfil do Vice-almirante Joaquim José de Andrada Pinto, Comandante Geral da Armada, em 1885, o qual exerceu, ainda, cargos importantes junto dos reis portugueses D. Luis I e de seu filho, D. Carlos I.

Crónicas Militares Nacionais
Coronel
Nuno Miguel Pascoal Dias Pereira da Silva
  • A Força Aérea no apoio à população
  • Esquadra os “Lobos” participa na Operação Active Endeavour da OTAN
  • O Presidente da República visitou o Hospital das Forças Armadas
  • O Exército assinou protocolo com a Câmara Municipal de Monchique
  • Visita à Brigada Mecanizada da delegação de Cadetes da “ÉCOLE MILITAIRE INTERARMES”
  • Condecoração do Tenente-general Carlos Alberto de Carvalho dos Reis
  • Cerimónia de despedida do Presidente da República às Forças Armadas 
A Imprevidência Estratégica de Salazar: Timor, 1941 – Angola, 1961

[...] A construção desta narrativa foi feita à volta de uma tese que o autor pretende e consegue demonstrar: Salazar, embora dizendo o contrário, privilegiava o equilíbrio orçamental com profundo descuido pelas despesas com a Defesa Nacional. [...]

[...] Ora, o que o autor vem provar é que a neutralidade nacional se ficou a dever à prática de uma política “manhosa” sem fundamento no único caminho onde deve assentar a neutralidade: a força militar dissuasora de intenções falsamente “proteccionistas” partidas de quem procura defender os seus interesses sem respeito pelo interesse do Estado neutral. [...]

Coronel
Luís Alves de Fraga
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Nº 2665 - Fevereiro/Março

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