

No concelho de Arganil, encravada entre as profundas encostas da Serra do Açor, vive a aldeia da Benfeita, uma aldeia marcada pelo perfil lascado do xisto e pela calmaria do tempo, apenas interrompida pelo chilrear dos pássaros e pelo som crispante da água que corre, em leves socalcos, ao longo da ribeira da Mata em direção à frescura da Fraga da Pena.
Nesta aldeia, em 7 de maio de 1945, o silêncio foi interrompido pelo toque do sino, anunciando a rendição alemã, que colocou um fim à Segunda Guerra Mundial e às hostilidades na Europa. Dita a tradição que terá sido esta uma das primeiras povoações portuguesas a receber a notícia.
Com a memória da Primeira Guerra Mundial ainda bem viva no espírito da população portuguesa e em sinal de gratidão pelo facto de Portugal se ter conseguido manter neutral durante a Segunda Guerra Mundial, a população de Benfeita resolveu construir uma torre sineira para que os seus sinos tocassem no dia em que os combates chegassem ao fim.
Inicialmente designada de Torre Salazar, para “comemorar a paz portuguesa e homenagear o Chefe do Govêrno e a sua clarividente e quasi milagrosa política internacional, que preservou a nossa pátria dos horrores da guerra”1, esta torre (figura 1) foi construída por iniciativa do Dr. Mário Mathias, jurista e natural de Benfeita. No entanto, em 7 de maio de 1945, aquando da capitulação nazi, em Rheims, França, a torre sineira ainda não estava totalmente concluída, nem instalado o seu relógio e respetivo sino, pelo que foi à mão que se tocaram as badaladas para comemorar o fim da guerra na Europa.

Figura 1 – Torre Sineira e Sino da Paz, em Benfeita, Arganil2.
Foram 1620 as badaladas, tantas quantos os dias de duração da Primeira Guerra Mundial. E são essas mesmas 1620 badaladas que, todos os anos, no dia 7 de maio, celebram a paz.
Este ano, no seu 80.º aniversário e numa altura em que a Europa volta a sentir a ameaça de um novo conflito no interior das suas fronteiras, as celebrações mereceram um momento de reflexão, através de um ciclo de conferências promovido pela Autarquia de Arganil, que contou com a presença da Secretária de Estado da Defesa Nacional e do Chefe do Estado-Maior do Exército, entre outras personalidades.
Num momento de celebração da Paz, no qual recordamos a alegria da sua conquista, após um período nefasto em que o Mundo, e em particular a Europa, se viu privado dela, a presença do Exército neste seminário reforçou o compromisso para a preservação da memória coletiva e das tradições militares que definem a nossa identidade, enquanto Nação.
Mas, para falar de Paz há que refletir sobre um dos maiores flagelos da humanidade: a Guerra.
Nesta sua reflexão, o Chefe do Estado-Maior do Exército introduziu o tema com uma perspetiva conceptual e histórica da guerra, explicando depois o sentimento experienciado e as feridas que permanecem, bem como a importância da reconstrução nacional e da preservação da memória coletiva como salvaguarda da paz.
A guerra é uma realidade histórica e social que tem marcado a humanidade desde os seus primórdios, moldando não apenas a estrutura das sociedades, mas também a natureza das relações entre nações, povos e culturas.
Como fenómeno multifacetado, a guerra pode ser compreendida de várias formas, sendo, ao mesmo tempo, um conflito armado, uma luta pelo poder, por recursos, ideologias ou territórios, e uma experiência profundamente violenta que afeta tanto os indivíduos quanto as sociedades.
A característica mais imediata e inescapável da guerra é, sem dúvida, a violência. Ela manifesta-se não apenas na destruição física, mas também nas suas repercussões psicológicas e sociais, criando traumas que podem perdurar por gerações.
O uso da força armada, da morte e do sofrimento humano é um traço comum em todos os tipos de guerra, com a violência a ser patente em muitas formas: o massacre de populações civis, o bombardeamento indiscriminado de cidades, os genocídios e as torturas.
A guerra, com a sua violência destrutiva, tem sido uma constante na história humana, alterando os destinos de nações e povos ao longo dos séculos. Desde os antigos impérios até aos conflitos contemporâneos, a natureza violenta da guerra nunca deixou de ser uma das suas características definidoras.
Na antiguidade, as guerras foram travadas, frequentemente, por motivos territoriais ou pela conquista de recursos, sendo a violência, muitas vezes, organizada e sistemática, com o objetivo não apenas de conquistar territórios, mas de exterminar todo o inimigo.
Já na Idade Média, a guerra esteve intimamente ligada à religião e à fé, como constatado no período das Cruzadas. Neste contexto, a violência foi justificada pela crença de que a luta era santa e divina, mas, de facto, envolveu saques, destruição e morte em grande escala.
Com a chegada da Revolução Industrial, no século XIX, a guerra passou a adquirir um caráter ainda mais destrutivo, muito por força da invenção de novas tecnologias bélicas, como as armas de fogo de repetição, os canhões de longo alcance e, mais tarde, a metralhadora.
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) é um exemplo clássico do impacto da modernidade na violência da guerra. Naquela que era considerada a Guerra que ia pôr fim a todas as guerras, as trincheiras, as armas químicas, o uso maciço de artilharia e a guerra total, resultaram em milhões de mortos, feridos e desaparecidos.
Mais uma vez, a violência não era apenas entre soldados, mas também afetava a população civil, com marcantes consequências nas gerações seguintes.
Há oitenta anos, a Europa experienciou uma Segunda Guerra Mundial, um dos conflitos mais devastadores da história, com cidades inteiras destruídas, milhões de vidas perdidas e um profundo impacto no continente europeu.
Nesta, a violência atingiu proporções ainda mais extremas, entre as quais o Holocausto, um genocídio em que milhões de judeus, prisioneiros de guerra e outros grupos considerados “indesejáveis” foram sistematicamente exterminados pelos nazis.
Além disso, os bombardeamentos nucleares de Hiroshima e Nagasaki, que marcaram o fim da guerra no Pacífico, são exemplos da destruição massiva proporcionada pelo avanço da tecnologia bélica. A violência, antes limitada a confrontos militares, expandiu-se para uma escala global, atingindo civis, países e continentes.
Este, que foi o último grande conflito mundial e que privou os europeus da sua liberdade, impulsionou mudanças importantes na política, na segurança e no progresso da Europa, tendo havido um enorme esforço para promover a paz e evitar uma nova guerra, o que levou à criação de instituições como a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte, visando garantir o progresso, o desenvolvimento, a coesão, a segurança coletiva e a cooperação entre os países europeus.
No século XX e na transição para o século XXI, a guerra continuou a ser um fenómeno devastador, agora caracterizado por conflitos prolongados, guerras civis e intervenções militares.
A Guerra do Vietname (1955-1975), por exemplo, revelou a brutalidade dos conflitos modernos, onde o uso de napalm, os bombardeamentos massivos e os ataques aéreos contra populações civis se tornaram táticas comuns, tendo esta guerra sido uma das primeiras a ser transmitida ao vivo através da televisão, trazendo a violência da guerra para as nossas casas.
Apesar da paz aparente vivenciada na Europa, nas últimas décadas, as guerras no Médio Oriente, como a Guerra do Golfo, as guerras no Iraque, no Afeganistão, na Faixa de Gaza, na Síria e, mais recentemente, na Ucrânia, continuam a mostrar como a violência da guerra pode ser exacerbada por questões políticas, religiosas e ideológicas.
O uso de drones, os ataques suicidas e a desinformação em tempos de guerra, que surgiram no contexto da tecnologia moderna e das guerras assimétricas, refletem as novas formas de fazer a guerra e de violência.
A guerra contemporânea carateriza-se, frequentemente, pela falta de fronteiras claras entre os combatentes e civis, com enormes consequências humanitárias, como a crise de refugiados e as violações de direitos humanos em larga escala.
Também nós, portugueses, vivemos e sentimos na pele as amarguras de uma guerra, prolongada no tempo e distante do nosso olhar, mas que deixou marcas profundas numa geração de jovens portugueses, numa sociedade fechada em si e num país depauperado dos seus recursos financeiros, materiais e humanos mais importantes.
Há oitenta anos, o som ensurdecedor das explosões cessou, os sinos repicaram… aqui, nesta aldeia em terras de Xisto, numa torre de igreja, tão singela como muitas outras num Portugal profundo e esquecido, foram 1620 os repiques de um sino colocado dias antes, para assinalar o fim de mais uma guerra.
O medo, que outrora se escondia em cada esquina, deu lugar a um silêncio novo, um silêncio carregado de esperança. O fim da guerra não significa apenas o fim da violência; é o renascimento de uma nação, o regresso da vida, o abraço reencontrado entre irmãos que foram separados pelo conflito.
As ruas, antes desertas, voltam a ser percorridas por passos leves, passos que já não correm para se esconder, mas caminham para um futuro diferente!
O ar, antes carregado de poeira e desespero, agora enche-se com o riso das crianças, que brincam sem receio!
As lágrimas, que escorrem pelo rosto do povo, são diferentes: não de dor, mas de alívio, emoção e alegria!
Há abraços demorados entre aqueles que se reencontram, e há famílias que finalmente se voltam a reunir. Cada olhar carrega uma história, um sofrimento passado, mas também um sonho renovado. As vozes, antes sufocadas pelo terror, agora erguem-se em cânticos e preces de gratidão.
O medo dá lugar à confiança, e a incerteza cede espaço à esperança. Cada novo amanhecer é um presente e uma oportunidade de viver sem a sombra da destruição.
E, assim, o povo celebra a alegria da paz. Com lágrimas e sorrisos, com silêncio e festa, com memória e esperança. Porque a paz não é apenas um fim, mas um novo começo.
No entanto, o legado mais marcante da guerra não está nos mapas ou nos tratados, mas nas cicatrizes deixadas nos povos que a viveram.
A guerra não se limita ao campo de batalha; o seu impacto estende-se a todos os aspetos da vida. Para aqueles que vivem em territórios devastados, a guerra significa a destruição de lares, a perda de entes queridos e o medo constante da insegurança.
O sofrimento psicológico persiste por gerações, manifestando-se em traumas profundos, na desconfiança mútua e na desestruturação das sociedades, que enfrentam um colapso das suas instituições, a falência das suas economias e um vácuo de governança que, muitas vezes, perpetua o ciclo da violência.
No pós-guerra, os desafios são imensos. As cicatrizes nos indivíduos traduzem-se num povo fragilizado, que precisa de ser amparado, não apenas com infraestruturas, mas também com apoio emocional e psicológico. As cicatrizes sociais refletem-se em populações deslocadas, em minorias marginalizadas e num tecido social esgarçado.
Já os estados pós-conflito, frequentemente enfraquecidos, enfrentam o desafio da reconstrução política e da reintegração de ex-combatentes, além da difícil tarefa de restaurar a confiança da população nas suas instituições.
A guerra rompe laços, separa famílias e força milhões de pessoas a deixar as suas casas em busca de segurança. O fim de um conflito, no entanto, não significa um regresso imediato ou fácil.
O retorno dos deslocados e refugiados é um processo complexo, marcado pela esperança da reconstrução, mas também pelos desafios da reintegração num território muitas vezes irreconhecível.
Ao longo da história, inúmeros povos enfrentaram essa dura realidade. Da Segunda Guerra Mundial à Guerra do Ultramar, e, mais recentemente, na guerra na Ucrânia, o deslocamento forçado e o posterior regresso dos deslocados e refugiados moldaram sociedades e redefiniram fronteiras.
Após a Segunda Guerra Mundial, os Judeus e outras minorias perseguidas pelos Nazis, ao regressarem, viram as suas casas ocupadas ou foram vítimas de novos atos de discriminação, tendo milhares deles sido obrigados a passarem anos em campos de refugiados antes de emigrarem para outros países.
Já Portugal, há 50 anos atrás, assistiu ao retorno de aproximadamente meio milhão de portugueses que, apressadamente, tiveram que abandonar as províncias ultramarinas, perdendo tudo o que tinham construído ao longo da sua vida.
A reintegração dos “retornados”, como assim ficaram conhecidos, foi difícil. Muitos enfrentaram dificuldades económicas, preconceito e dificuldades na obtenção de habitação, emprego e, até, da nacionalidade.
Apesar das medidas implementadas para o seu acolhimento, a chegada em massa gerou tensões sociais e dificuldades de adaptação. No entanto, ao longo dos anos, esta nova faixa de população contribuiu para o crescimento e modernização de Portugal, trazendo novas dinâmicas económicas e sociais.
Ainda hoje há, no mundo, desafios psicológicos profundos naqueles que, mesmo regressados, carregam traumas de guerra, que nunca voltaram a encontrar o que a guerra lhes levou, e que nunca conseguiram, sequer, recuperar as memórias do passado que lhes permitam reconstruir o futuro.
No pós-guerra, perante um cenário de caos e devastação, a reconstrução vai muito para além do mero reerguer de edifícios.
É necessário reconstruir vidas, restaurar a dignidade das pessoas, restaurar o funcionamento das instituições e promover a reconciliação nacional.
É necessário reconstruir o país, a Nação!
Reconstruir é olhar para as pessoas, cuidar delas, apoiar psicologicamente, inseri-las de novo na sociedade, ajudá-las a recuperar a sua autonomia individual e social.
Reconstruir é reerguer as infraestruturas, pôr a funcionar os hospitais, as escolas, os sistemas de saneamento e abastecimento de água e energia, garantindo um ambiente seguro e funcional.
Reconstruir é educar, promover uma cultura de paz e de valorização dos direitos humanos, indispensável para evitar que os erros do passado se repitam.
Reconstruir é reparar, estabelecendo mecanismos de justiça, de forma a garantir que os crimes de guerra não fiquem impunes, e que as vítimas sejam reconhecidas e indemnizadas.
Reconstruir é desenvolver, criando oportunidades de trabalho, de investimento e incentivos para evitar que a pobreza e o desespero alimentem o perpetuar da miséria, e possam gerar novos conflitos.
Reconstruir é reconciliar, curar as feridas invisíveis entre os povos, através do diálogo e do compromisso, por um futuro comum.
A guerra deixa marcas profundas, mas a humanidade tem a incrível capacidade de se reerguer. A reconstrução de um território e do seu povo exige união, solidariedade e resiliência, e foi com este espírito que nasceu o projeto Europeu comum baseado na Paz, assente nos valores da liberdade, da igualdade, e da democracia.
É com esperança e determinação que devemos trabalhar para transformar os cenários de destruição em novas oportunidades de vida, garantindo que as futuras gerações possam viver num mundo de paz e prosperidade.
À medida que avançamos para o futuro, o desafio permanece: como evitar que a violência da guerra continue a ser uma parte inevitável da nossa história e o que podemos fazer para alcançar uma paz duradoura?
Preservar a memória coletiva da guerra é essencial para garantir que os erros do passado não se repitam, servindo como um alerta para futuras gerações, promovendo a consciencialização sobre os horrores do conflito e reforçando a importância da paz.
Preservar a memória da guerra não é reviver o passado com ressentimento, mas sim aprender com ele para construir um futuro sem violência.
A história ensina-nos que a paz duradoura só pode ser alcançada quando, lembrando-nos dos sacrifícios e das perdas, compreendemos os erros cometidos e trabalhamos, juntos, para garantir que eles não se repitam.
Preservar a memória da guerra significa homenagear aqueles que sofreram diretamente, os soldados que combateram, os civis que padeceram com a destruição, com a fome e com a fuga, e as famílias que perderam entes queridos e que carregam as cicatrizes emocionais dos conflitos.
É, por isso que, em Portugal:
• Assinalamos e comemoramos as datas referentes a efemérides, tal como o que fazemos todos os anos na Benfeita;
• Fazemos cerimónias e desfiles militares para homenagear aqueles que lutaram e sacrificaram as suas vidas pela pátria;
• Edificamos e preservamos monumentos aos antigos combatentes e aos heróis da nação;
• Hasteamos a bandeira e acendemos tochas e velas, representando a luz da paz sobre a escuridão da guerra;
• Promovemos exposições, museus, livros e filmes para lembrar, mas acima de tudo, para educar;
• Reconhecemos os Antigos Combatentes, garantindo todos os apoios àqueles que, pelo uso das armas, ousaram defender a Pátria.
Preservar a memória da guerra é um dever coletivo. Não se trata apenas de recordar os horrores do passado, mas de aprender com eles para garantir que as futuras gerações vivam num mundo mais pacífico.
A história deve ser contada com responsabilidade, sem omissões ou distorções, para que sirva de guia para o futuro.
A verdadeira vitória sobre a guerra não está apenas no fim dos conflitos, mas na capacidade da humanidade se lembrar, refletir e transformar essa memória num compromisso firme com a Paz.
Em 1939, a Europa não quis acreditar nas evidências, não se preparou para o turbilhão que aí vinha, não se uniu, não reagiu em tempo e perdeu a sua liberdade.
Por isso, a Europa não deve, nem pode, esquecer a história, pois lembrar o passado é refletir o presente e perspetivar o futuro.
A reflexão que nos merece esta página da nossa História é que a segurança e a paz não são dados adquiridos, que o projeto Europeu Comum baseado na Paz está sob ameaça e, por si só, não é o garante da soberania dos estados europeus e da segurança dos seus cidadãos.
E os recentes acontecimentos no Mundo e, em particular, na Europa, estão aí para nos alertar e preparar, devendo, todos nós, adotar comportamentos que não passem pela indiferença ou negligência.
É, assim, essencial a existência de Forças Armadas prontas e preparadas para servir o País, com uma capacidade de dissuasão e de resposta adequada e assente na eficácia da organização, na qualidade dos equipamentos e na motivação dos seus quadros e tropas.
A complexidade do processo obriga a uma preparação rigorosa e demorada.
– Os Exércitos não se improvisam – preparam-se!
Há 80 anos, no dia 7 de maio, terminou a Segunda Guerra Mundial e a Paz venceu a Guerra.
O Povo de Benfeita soube primeiro.
Que todos os anos, nesta data, pelas 14h00, quando o Sino da Paz voltar a tocar a repique, com as suas 1620 badaladas, possamo-nos lembrar das cicatrizes da guerra, homenagear os nossos heróis e celebrar a Paz, na certeza que o futuro é incerto e que a Paz depende do que conseguimos fazer no presente, com o que aprendemos do passado.
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* Artigo adaptado a partir da conferência proferida por S. Exa. o General Chefe do Estado-Maior do Exército no Seminário “A Arte da Paz”, no âmbito das comemorações do 80º aniversário do anúncio do fim da II Guerra Mundial, na aldeia de Benfeita, concelho de Arganil.
1 Em “A Comarca de Arganil”, de 1 de junho de 1945.
2 www.aldeiasdoxisto.pt
Desempenha, desde março de 2023, as funções de Chefe do Estado-Maior do Exército.
Desempenha, desde março de 2025, as funções de Adjunto de S. Exa. o General Chefe do Estado-Maior do Exército.