Nº 2496 - Janeiro de 2010
Pessoa coletiva com estatuto de utilidade pública
Crónicas - Crónicas Bibliográficas

Em Nome da Pátria - Portugal, o Ultramar e a Guerra Justa

 
O Tenente-coronel Piloto-aviador João José Brandão Ferreira, Mestre em Estratégia e Sócio da Revista Militar, é o autor de Em Nome da Pátria - Portugal, o Ultramar e a Guerra Justa, uma visitação à História de Portugal, tendo como objecto “a Justiça da Guerra e o Direito em fazer a Guerra”, em face das últimas campanhas militares em África, entre 1954 e 1975, assunto que está longe de ser consensual na sociedade portuguesa.
 
Porque aborda muitos factos que não têm sido analisados na historiografia recente, recomenda-se a sua leitura por todos os que se interessam pela história, designadamente a das últimas campanhas que as Forças Armadas Portuguesas, na Índia e em África, até porque se torna imperioso procurar consensos quanto às explicações dos contextos históricos e às interpretações dos principais protagonistas.
 
Em Nome da Pátria valoriza as questões relacionadas com a sustentabilidade das operações militares nas razões que levaram à “desistência nacional de prosseguir a guerra”, num conteúdo bem estruturado, do qual ressaltam o Enquadramento Geopolítico e Geoestratégico de Portugal no Fim da Segunda Guerra Mundial, a Situação Interna Portuguesa, a Ofensiva da Subversão na Índia e em África, as Acções Defensivas e a Evolução da Guerra, uma reflexão sobre a Justiça e o Direito da Guerra (com enfoque na Evolução do Direito Internacional no tempo dos Descobrimentos), a Colonização Portuguesa, a sustentabilidade da Guerra e as razões da “desistência”.
 
Neste livro, o autor, como é seu timbre, traz à colação opiniões com as quais nem todos concordarão, inserindo no seu final entrevistas a personalidades de “nome feito em diversos campos profissionais da vida portuguesa”, procurando fundamentos sobre a visão que apresenta no livro, questionando-as sobre a definição constitucional dos “então territórios ultramarinos portugueses”, a justeza da guerra defensiva que Portugal desenvolveu, a sustentabilidade e as razões da “desistência” da mesma.
 
A Revista Militar felicita o Tenente-coronel Brandão Ferreira e as Publicações Dom Quixote, por esta obra, que foi prefaciada pelo Prof. Doutor Adriano Moreira, e agradece o volume que lhe foi ofertado.
Major-general Adelino de Matos Coelho
Director-Gerente do Executivo da Direcção da Revista Militar
 
 
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Adelino de Matos Coelho
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2010-07-06
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Major-general

Adelino de Matos Coelho

Habilitado com os Cursos de Infantaria, da Academia Militar, Geral de Comando e Estado-Maior e Superior de Comando e Direção, do Instituto de Altos Estudos Militares; possui outros Cursos de que se destacam o de Oficial de Informação Pública do Comando Aliado da Europa da OTAN (Bélgica), o Curso Militar de Direito Internacional dos Conflitos Armados, do Instituto de Direito Humanitário de Sanremo (Itália) e o Diploma de Pós-Graduação em Estudos Europeus da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Ao longo da sua carreira, prestou serviço em várias Unidades e Órgãos do Exército, nomeadamente, no Regimento de Infantaria de nº 3, em Beja, que comandou, e no Estado-Maior do Exército, onde desempenhou o cargo de Chefe da Divisão de Pessoal. Além disso, também desempenhou carg

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