IN MEMORIAM
Tenente-General Vasco Joaquim Rocha Vieira
(16 de agosto de 1939 - 22 de janeiro de 2025)
Com a recente eleição de Trump e as suas declarações de que os europeus deveriam gastar 5% do PIB em Defesa, a par da campanha conduzida pelo Secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, relativa a que os “2% decididos na Cimeira de Gales em 2014, já não são suficientes para responder aos desafios da Aliança no futuro”, estão criadas as condições para que na Cimeira de Haia, em finais de junho deste ano, seja aprovada uma nova meta de pelo menos 3%. Aliás, tem sido este número que tem vindo a ser discutido nas reuniões preparatórias, conduzidas pelo IMS/OTAN. [...]
A ameaça por parte do Kremlin do uso de armas nucleares, no contexto da situação internacional que vivemos e com a guerra de agressão da Rússia na Ucrânia, fez-me recordar acontecimentos e experiências relacionados. [...]
O recente aumento da componente fixa do “Suplemento da Condição Militar” (SCM) e do “Suplemento de Serviço nas Forças de Segurança” (SSFS) serviram de ponto de partida para o texto que se segue. [...]
Ao longo dos séculos o mar tem sido entendido como uma zona permanente de perigo e de insegurança, de fonte de ameaças específicas, de desordem e de disputas geopolíticas. Todavia, tem-se assumido, de igual modo, como domínio crucial para a obtenção de recursos, essenciais para a sustentabilidade da vida humana. [...]
O contexto geopolítico atual caracteriza-se pela prevalência da inconstância, imprevisibilidade e da volatilidade na relação entre os múltiplos atores do Sistema Político Internacional. Um paradigma securitário complexo que impele os Estados a apostarem na segurança (e na Defesa Nacional) como forma de analisar, compreender e prevenir o futuro, procurando antecipar hipotéticas soluções para hipotéticas ameaças à nossa sociedade… [...]